segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

11º Dia de Estágio - 18/12/09


Dia 18 de Dezembro. Foi este o último dia de estágio desta primeira fase que ainda agora começou. Cheguei à hora habitual, 9:00, e as minhas tartarugas já estavam à espera do Educador. Mas sinto que quando chego também já sabem que faço parte daquela instituição. Assim que visto a bata, a pequena Joana faz um pequeno esforço para sair do colo da auxiliar e vir brincar um pouco comigo. Momentos que nos deixam felizes e contentes pelo facto de os mais pequenos, com que queremos trabalhar no futuro, se lembrarem de nós. Brinco um pouco com ela. As outras educadoras estavam já nas salas com as suas crianças e o mau tempo fazia o educador da minha sala atrasar-se um pouco. O mesmo mau tempo que fez com que as minhas tartarugas não saíssem para o exterior durante todo o dia, porque a chuva é o inimigo número um da brincadeira. Assim levei as tartarugas para a sala e disse que poderiam começar a brincar com os cestos. Mil e uma aventuras como sempre. Fui ajeitando a sala sempre com a ajuda de uma auxiliar, até que o educador chegasse. E não demorou muito tempo. Alguns minutos depois, lá estava o educador. Num dia que se avizinhava muito atarefado, o educador pediu-me para que ficasse até mais tarde na instituição. Nem precisava de o fazer. A minha aprendizagem faz-se ao longo de todos os dias que ali entro. Quanto mais tempo ficar, melhor é para mim e mais rapidamente aprendo toda a rotina da mesma. Fiquei contente pelo facto do educador confiar em mim. Não só para ficar até mais tarde, mas também pelo facto de confiar em mim para fazer alguns trabalhos durante o dia. Depois de brincar um pouco com a pequena Joana e com todas as crianças que vinham ter comigo, fui fazer um trabalho manual. O objectivo era fazer os moldes de pequenas caixas de presentes, para o dia da Festa de Natal. Eram três cartões bastante grandes, que requeriam medidas e cuidados extremos. Consegui ajudar na elaboração de dois cartões, com moldes para cerca de 30 caixas. Isto feito ao longo de todo o dia. Mas como a rotina não para, o trabalho era sempre muito. Enquanto fazia os moldes, tinha de dar sempre um olho aos mais pequenos. O tempo foi passando e chegou a hora de almoço. A pequena Joana almoçou comigo. Mais uma vez dei-lhe o almoço e acho que está a começar a habituar-se a mim. Gosto de o fazer. Fui ajudando a meter a mesa e a levantar entre o dar e não dar o almoço à pequena Joana. Quando chegou a minha hora fui também almoçar. Assim que o almoço acabou, fui um pouco ao exterior. Voltei às 2 horas como é habitual. Algumas crianças dormiam e eu continuava os moldes. O pequeno Ruben é um caso sério para dormir e como se não bastasse dá conversa aos colegas que estão acordados. O educador não estava na sala, por isso quando chegou a hora habitual, mandei irem à casa de banho. Foram todos sem calçar os sapatos. Pela primeira vez no estágio irritei-me a sério com muitas crianças. Nunca foram à casa de banho sem calçar primeiro os sapatos. À medida que foram regressando da casa de banho, levaram um "raspanete". Primeiro meu. Depois do educador. Mas foi bom acontecer. A situação deu-se pelo facto de estar também concentrado nos moldes e como um foi sem calçar os sapatos, muitos foram atrás. Se não estivermos atentos, apanham-nos mesmo. Depois de se calçarem, retiraram os lençóis, foram buscar as mochilas para os arrumar e sentaram-se à mesa para o lanche. O lanche correu dentro da normalidade, exceptuando o caso do pequeno Rafael que é um caso sério para comer. Já na hora de almoço, o pequeno Rafael não almoçou e aconteceu mais um momento de aprendizagem. Como não almoçou, o pequeno Rafael não tinha nada para deitar cá para fora. Mas ao tentar puxar o vómito como é hábito, vomitou "Bilis". O Educador explicou-me o que era e recuei alguns anos atrás quando dei esta matéria em tempo de aula. Não sabia é que era possivel acontecer o que aconteceu ao pequeno Rafael. Na hora do lanche o pequeno Rafael demorou tanto tempo a comer, que não teve tempo para brincar, pois a mãe foi buscá-lo. À medida que se acabava o lanche, sentavam-se no átrio e esperavam. O pequeno Ruben e a Carolina, não paravam quietos pelo que tiveram de ficar um pouco de castigo. Eu e o educador limpava-mos a sala para que depois as crianças voltassem para dentro. Depois de voltarem o educador separou dois grupos. As crianças de três anos foram para um tapete brincar com uma espécie de lego, enquanto que as outras foram para outro brincar com uma pista de comboio. As horas passavam e a minha aprendizagem aumentava cada vez mais. Os pais iam chegando e como era eu que estava na sala, entregava as crianças e dava recados aos pais. À medida que as educadoras iam saindo as crianças de outras salas vinham para a minha sala, para esperarem pelos pais. O tempo foi passando e os pais iam chegando até estarem poucas crianças no infantário. No final, quando apenas restavam algumas, ao meu cuidado e de uma auxiliar, cantámos músicas e vimos alguns vídeos infantis que levei para lá. Elas gostaram muito e divertiram-se imenso. Até ao final do dia, estive sempre a fazer moldes enquanto fazia tudo o resto. É a este ritmo que me quero habituar pois não espero facilidades e não recuo perante os desafios. Já não há medo de aprender. Apenas ansiedade. Mas isso, comigo, vai sempre existir. Mas com a ajuda do Educador e a confiança que tem depositado em mim, penso que a pouco e pouco vou aprendendo cada vez mais. Só tenho a agradecer. Torna-se repetitivo os agradecimentos. Mas é o que sinto. O dia acabou sem nenhuma criança no infantário. Um silêncio profundo. Saí na companhia da auxiliar e despedi-me até Terça Feira, altura da Festa de Natal da minha instituição.

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