sábado, 5 de dezembro de 2009

9º dia de Estágio - 04/12/09


Chegou mais um dia de estágio, com o Natal já a bater à porta. Cheguei por volta das 09.00 como é hábito e desta vez os cânticos das minhas tartarugas já se faziam entoar, visto que na semana passada estavam um pouco adoentadas. Entraram para a sala à chegada do educador, e rapidamente me sentei ai pé delas a entretê-las enquanto puxavam os cestos dos brinquedos para entrarem no seu imaginário infantil muito próprio. Sempre com um olho, na pequena Joana, ia brincando com praticamente todas as crianças. Entretanto tive a hipótese de conhecer a nova auxiliar e rapidamente tentei interagir de forma a que se pudesse também ambientar. O tempo passava entre as várias brincadeiras. A pequena Joana, tentava como sempre chegar aos Livros, o Erick brincava com carros a alta velocidade, a princesa Andreia fazia altos castelos para depois os derrubar enquanto que o pequeno Ruben lá se punha em sarilhos a tirar peças aos amigos. Nada que um aviso não resolvesse e um abraço reforcasse a ideia de que tem de ser assim, mas sou teu amigo na mesma. O tempo passava, e o educador já se tinha ausentado há um pouco. Como estava a demorar, resolvi seguir a rotina da sala e mandei as tartarugas arrumarem por volta das 10:30. O educador ainda não estava lá. Assim eu e a nova auxiliar aproveitámos e começamos a entreter as crianças com muitas musicas e canções. Os petizes ensinavam-nos algumas músicas que também não conheciamos e que o educador lhe tinha ensinado. Foi bastante divertido. Assim que o educador chegou, deu inicio a uma actividade de Natal. Mostrou às crianças alguns desenhos, explicou a origem do Natal, a história de Jesus, quem eram os Reis Magros, como dizia um menino, ou até mesmo o Pai Natal e o significado da Bota das Prendas. Depois explicou que algumas crianças iriam brincar para a casinha das bonecas enquanto outras iriam começar a actividade. Pintar um anjinho. Um grupo de oito crianças, começaram então a pintar com a ajuda das nossas indicações. Primeiro o corpo, depois o cabelo e em seguida a gola e os sapatos. As vestes do anjo estava guardado para algo mágico que eu iria fazer. Depois de o educador me ter explicado o processo, começei a colocar cola nas vestes do anjo e cobria a mesma com brilhantes que faziam os olhos das crianças cintilarem e ficarem completamente perplexas. Muito giro. À medida que a actividade ia acabando, as crianças iam fazer a higiene e necessidades. Já não havia tempo para ir lá fora, pois o almoço estava na mesa. Durante este tempo dei o almoço à pequena Joana que se vai habituando a mim e eu a ela, cada vez mais. Ajudei a levantar as mesas e depois também fui almoçar. Estava na hora de ir apanhar ar. Regressei às duas e aproveitei para falar um pouco com o educador e ajudar uma criança do pré escolar a fazer a sua actividade de Natal e a montar puzzles. Aproveitaava e falava também com o educador de modo a discutir sempre algumas duvidas e ajudar no que pudesse. 14:50. Estava na hora de acordar. Virar colchões, arrumá-los bem como os lençois nas mochilas e ir à casa de banho. Sentar para tomar um delicioso lanche, que segundo o Educador é uma beleza porque as crianças já adoram pão com fiambre, como o leite com chocolate acompanha o primeiro, as crianças despachamm-se muito rápido. Excepto alguns casos como é normal. Acabado o Lanchinho, foram à casa de banho e reuniram-se no átrio para ir lá fora. Ajudei na limpeza da sala e depois fui também para o exterior. Lá fora as brincadeiras são imensas e do mais variado possivel, mas desca-se sempre o carinho, amor, amizade e atenção que auxiliares e educadores dão a todas as crianças durante este tempo em que se espera a chegada dos papás.
Enquanto estava cá fora a observar, pensava nos momentos do dia. David tinha encontrado lixo no chão da sala ao pé da sua cama. Quando confrontado com o que era aquilo, respondeu com a sinceridade de uma criança dizendo que era uma porcaria. Escrito não mete tanta graça, mas riu-se quem viu porque as crianças conseguem fazer-nos rir com a sua forma de ser. A pequena Leonor habituada a comer com colher, disse esta semana que não sabia comer sozinha, e perguntou-me se a mãe a vinha buscar, já em lágrimas. Claro que vem amor, respondi-lhe, com um aperto no coração porque custa-me ver uma criança a chorar, mas o profissionalismo assim o dita. A pequena Andreia fazia torres e pedia-me que as derrubasse, o Pequeno Erick deve ser fã da Velocidade Furiosa pois adora brincar com carros, o Silva quer imitar o pai a trabalhar nos computadores. São tantos momentos que ficam para guardar e mais tarde recordar. Gostava de poder fazer disto uma profissão, porque deve ser muito bom mais tarde olhar para estas crianças e dizer: Olha como cresceram. Entretanto saí do meu imaginário e voltamos para dentro. estava a arrefecer. Já eram 17:15. Estava na altura de ir embora. Desejei bom fim de semana e bom feriado. Quando ia a sair o pequeno David chama-me e diz-me Adeus Fábio. Saí com um sorriso, porque eles sabem que vou voltar.

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