sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Saúde Infantil - Pediculose: Os Piolhos


Esta semana, Saúde Infantil foi novamente rica em diversos conceitos, muito interessantes para a nossa aprendizagem. Assim sendo, um dos temas que merecem destaque esta semana são os Piolhos. Fique agora a saber o que deve fazer se uma criança for atacada por este parasita, que adora viver e comer as cabeças, principalmente, dos mais pequenos.

Sem piolhos
Acabe com os parasitas que podem infectar toda a família

Atacam sobretudo crianças em idade escolar e pré-escolar, com mais incidência no sexo feminino, mas nenhuma cabeça está completamente a salvo da sua presença.

Como já deve ter adivinhado, estamos a falar dos desagradáveis e irritantes piolhos que não são esquisitos quando chega a hora de escolher uma vítima.

Estes pequenos insectos instalam-se no couro cabeludo e alimentam-se do sangue dos seres humanos, reproduzindo-se através de ovos e multiplicando-se rapidamente ao fim de sete dias no couro cabeludo, começando um processo de infestação que se pode prolongar por meses se não for controlada a tempo.

Sintomas e contágio

Comichão, feridas, irritabilidade e sensação de movimento na cabeça são os sintomas que denunciam a presença destes parasitas. Todavia, na sua fase inicial, esta é uma praga silenciosa e quando é detectada já dura há muitas semanas.

Como dificilmente se encontra um piolho vivo, por se moverem rapidamente e serem de uma cor semelhante à dos cabelos, os primeiros sinais visíveis são quase sempre as lêndeas, as cascas dos seus ovos que se encontram agarradas ao cabelo, especialmente nas zonas atrás das orelhas e da nuca.

A sua cor esbranquiçada faz com que, por vezes, sejam confundidas com caspa, adiando assim o tratamento. Contrariamente ao que se possa pensar, este parasita não salta nem voa, sendo a forma de contágio mais usual o contacto directo com alguém já infectado.

A partilha de chapéus, escovas, toalhas, camas, sofás, almofadas ou peluches são outras fontes de contaminação, embora este parasita só sobreviva 24 horas afastado do homem.

Tratamento eficaz

Feito o diagnóstico, é preciso passar ao tratamento e todas as pessoas que estiveram em contacto com a criança infectada devem ser inspeccionadas e tratadas caso também estejam infectadas. No mercado, existem diversas loções para lavar o cabelo que matam os piolhos e ajudam a retirar as lêndeas, prevenindo novas infestações.

Siga regradamente as instruções dos produtos, pois estes tendem a irritar a pele já inflamada pelos parasitas, e aconselhe-se com o seu médico ou farmacêutico sobre a melhor opção. Geralmente, deve-se fazer duas aplicações do antiparasitário, no intervalo de oito dias para evitar novas infestações.

Não use dois produtos diferentes em simultâneo pois a mistura pode provocar reacções alérgicas. Contudo, de acordo com a informação disponibilizada pela Centers for Disease Control and Prevention, se oito a doze horas depois do tratamento os piolhos continuarem activos terá de mudar de produto. No caso do prurido ser muito intenso ou persistir, mesmo após o tratamento, pode ser necessário utilizar um anti-histamínico.

Consequências negativas

Lave as roupas, os lençóis, as toalhas, os peluches que estiveram em contacto com a criança infectada. Idealmente essa lavagem deve ser feita na máquina a 60ºC. Os acessórios do cabelo e as escovas e pentes podem ser desinfectados com álcool ou em água a ferver.

Tudo aquilo que não pode ser lavado, deve ser selado em sacos de plástico durante duas semanas. A acção dos piolhos, para além de ser incómoda, pode originar dermatites e infecções da pele.

A mordidela não dói, todavia, a saliva e as fezes do piolho infectam as pequenas feridas e a comichão aumenta. Se as fezes e a saliva entrarem em contacto com a pele podem gerar dermatites, conjuntivites e outras alergias oculares.

Caso consigam entrar na circulação sanguínea podem causar algum mal-estar e sensação de fraqueza. Os piolhos são mais activos à noite, o que faz com que as crianças tenham mais dificuldade em dormir devido à comichão.

Como evitar os piolhos
A prevenção é (mesmo) o melhor remédio. Saiba como agir

O seu filho não pára de coçar a cabeça? Pode estar com... piolhos! Se for esse o caso, veja aqui como deve proceder.

Tenha em conta que a infestação só está controlada quando não se descobrem piolhos vivos e as lêndeas estão a mais de um centímetro do couro cabeludo.

Saiba, no entanto, que é possível passar despercebido a estes parasitas, seguindo regras muito simples, compiladas a partir das indicações dos Centers for Disease Control and Prevention e de «O Livro da Criança», do pediatra Mário Cordeiro, publicado em 2007 pela editora A Esfera dos Livros:

  • Evitar o contacto com as cabeças dos outros
  • No caso das meninas com cabelo muito comprido, o melhor é usar o cabelo apanhado
  • Não partilhar chapéus, escovas, pentes, bandoletes, toalhas
  • Inspeccionar regularmente a cabeça das crianças
  • Lavar regularmente a cabeça

Escovar os cabelo várias vezes ao dia com um pente com dentes apertados, impede que os piolhos se multipliquem, pois as pernas dos insectos partem-se e eles caem com a passagem do pente.



1 comentários:

Anônimo disse...

"embora este parasita só sobreviva 24 horas afastado do homem." Gostaria de saber se esse fato é comprovado.
Minha irmã pegou na escola e passou pra mim e minha mãe, e e então ta uma luta em casa, é trocar roupa todo dia, medo de sentar no sofá.
Se ficarmos sem entrar em casa, durante 24 horas, não há perigo de contaminação nesses objetos?
Grata.