3 anos, 2 objectivos, 1 sonho
Foi um ano muito cansativo que finalmente chega ao fim. Depois de vários trabalhos, testes e módulos o primeiro ano do Curso Profissional para Técnicos de Apoio à Infância chegou ao fim. Espera-nos mais 2 anos repletos de intensidade e sacrifício mas por agora, a altura é de descanso, quanto mais não seja da escola e das aulas. Mas vamos por partes. Em primeiro lugar, vamos ao resumo da semana que já não teve assim tanto para contar, porque foi uma semana já a pensar no final das aulas. Disciplinas? Bem, a semana foi toda composta por Saúde Infantil. Era realmente e única disciplina que faltava terminar, não só por termos começado mais tarde mas também porque por vezes havia uma incompatibilidade horaria que não nos permitia avançar mais rápido nos módulos. O destaque vai então para o trabalho final de módulo, no caso do meu grupo sobre a segurança da criança em casa, escola e parques infantis. Foi um trabalho que correu muito bem. Foi realizado num clima de descontracção, apenas possível devido ao claro ambiente de final de ano, contudo com um tema que abordava bastante matéria e por isso difícil de realizar. A apresentação não correu mal, mas poderia ter corrido melhor. Ainda assim, acho que foi bastante positivo. Dos outros dois grupos que também apresentaram, destacou-se o grupo da Núria. Muito informativo e bem estruturado, foi um trabalho que realçava bem os aspectos a que se tinha proposto. Quinta Feira foi dia de renovações de matriculas. Depois de alguns papeis preenchidos estávamos oficialmente aptos a frequentar o próximo ano de escolaridade que corresponderá ao 11º ano. Estou um ano mais perto de concretizar um objectivo de vida, que vem sendo adiado porque por vezes a vida é uma estrada com algumas pedras pelo caminho.
O almoço de turma
O destaque da semana vai para o almoço de turma, realizado na Segunda Feira. Importa salientar alguns factos importantes. Para começar, nem toda a gente pôde comparecer ao almoço. Uns por umas razões, outros por outras, o almoço pecou apenas por esse aspecto. De resto foi uma boa iniciativa, tendo em conta não só o final de ano mas também todo o caminho que foi atravessado por cada um de nós ao longo do ano tendo em conta um clima entre turma nada pacifico. Este clima de que falo já não é segredo para ninguém. Todos sabemos que as relações entre os vários elementos da turma não eram os melhores. O almoço foi um bom ponto de partida para o próximo ano. Teve como objectivo não só o convívio como também o amenizar de situações, o aproximar de relações e o acenar de uma bandeira branca que mostra a importância de o próximo ano ser mais rico em respeito e menos dado a conflitos. Se depois da tempestade vem a bonança, esperemos que este ano tenho sido o verdadeiro furacão, para que no próximo ano todos estejamos direccionados para um objectivo em comum...O fim do curso.
Quanto ao almoço em si, foi muito positivo. Comida, amigos e professores reunidos para a despedida deste primeiro ano que termina. O assinalar de um ciclo. O ponto de viragem para uma nova aventura.
O Balanço do ano
Agora que o ano chegou ao final tudo parece que valeu a pena. E valeu. Mas no meu entender as coisas más não podem ser esquecidas, assim como as boas devem ser relembradas. Foi um ano cansativo, intenso, emotivo, chegando por vezes a ser degradante porque quando as relações entre membros de um grupo em comum não são boas, a viagem torna-se mais complicada. Por outro lado, fizeram-se amigos e alianças. Relações que se estabilizaram e que fizeram com que a viagem fosse menos complicada. O primeiro ano chegou ao fim, mas a viagem ainda nem vai a meio. Foi apenas a primeira paragem para abastecer, porque a verdadeira viagem está prestes a começar. Acabadas as aulas, estas são as minhas homenagens e agradecimentos a todos os que comigo partilharam este primeiro ano.
O Grupo:
Ana, Vânia e Bruna são o grupo com quem trabalho. Um grupo que praticamente ficou definido no inicio do ano. Como em equipa que ganha não se mexe, esta "Stable" foi a razão para muitos sucessos e trabalhos francamente bons. Mais do que um grupo, criou-se uma irmandade. Criaram-se as bases suficientes para que o ano chegasse ao fim e cada um de nós pudesse dizer que confiava no trabalho do outro. Numa altura em que o ano chegou a ser degradante e pesado, o apoio do grupo de amigos é sempre importante. Lutámos, resistimos, sobrevivemos e vencemos alguns óbstaculos. Numa altura em que estou claramente focado em tirar o curso, até porque não tenho tempo a perder, é bom saber que posso contar com as três. Havia um desenho animado que se chamava "As três Irmãs". Vocês são as três irmãs. Só me resta dizer obrigado.
A Turma
Apesar de o meu grupo ser o meu grupo isso não quer dizer que me esqueça do resto da turma. Muito pelo contrário.
Andreia: A minha parceira de mesa, a Andreia, é muito extrovertida. Uma boa amiga sem dúvida, disposta a ajudar. Por vezes fala demais e dá-me vontade de dizer "Porque no te Callas", mas foi uma das pessoas com quem me dei melhor ao longo de todo o ano.
Nábila: A Nábila foi companheira de viagem ao longo de todo o ano. Amiga, versátil e a demonstração de que tudo se consegue com trabalho não obstante as dificuldades. Uma moça cheia de força, que não desiste mesmo que a tarefa pareça a mais difícil.
Núria: Eu vejo a Núria como o Símbolo do Perfeccionismo. É uma amiga frontal e que tudo o que faz tenta fazer da melhor maneira. Esteve sempre disposta a ajudar-me e não me esqueço disso. É uma das pessoas mais organizadas na turma e nesse aspecto tenho muito a aprender.
Ana Brito: Quase me pôs inconsciente e isso só por si já merece o meu apreço. Ficará para sempre na minha memória a miuda que passava o dia ao telemóvel. É óbvio que brinco, mas no inicio surpreendeu-me. Tem excelente iniciativa e mostra bastante força de vontade.
Soraia: Chegar a um curso com o ambiente que se viveu muitas vezes ao longo do ano e vencer não é fácil. A Soraia, fê-lo à sua maneira, passando muitos óbstaculos e vencendo algumas barreiras. A partir daqui é sempre a abrir.
Miriam: Juntamente com a Andreia é talvez a pessoa mais extrovertida da turma. Brinca e inventa brincadeiras como só ela sabe. Se conseguir para o ano unir este aspecto com as capacidades que tem, chega ao final com uma perna ás costas. É só preciso querer.
Raquel, Isa e Tânia: Andaram praticamente juntas durante o ano todo. São três pessoas que nunca falei tanto ao longo do ano como com outros elementos da turma. Espero que para o ano este cenário mude e tenhamos a hipótese de nos irmos conhecendo cada vez melhor. Pelo menos a Raquel e a Isa, já que a Tânia vai seguir o seu rumo, iniciando uma nova etapa. Contudo se há coisas que ficam para a história, esta frase é uma delas "...E ainda por cima a stôra chamou-me Burka."...Do melhor.
Patrícia, Vera, Diana, Máxima: Formavam mais um grupo dentro da turma e acho que isto nunca foi segredo. Se formos a ver, foram as pessoas com quem menos falei ao longo do ano. Maneiras de pensar e de ver, bem como ideais bastante distintos foram as principais razões, porque cada um de nós deu importância a coisas diferentes. Mas acabo o ano com o sentimento de que ajudei sempre toda a gente quando pude.
Os Professores
Fátima Campos: Uma professora sempre preocupada em ajudar. Fez de tudo para que todos chegássemos ao segundo ano do curso e acho que isso ninguém pode negar. Empreendedora e muita trabalhadora, a nossa Dt, tentou sempre passar-nos estes valores e lutar pelo melhor ambiente no curso bem como pelos nossos direitos. Pessoalmente, foi sempre uma pessoa que me ajudou quando precisei por isso só tenho a agradecer.
Rosa Duarte: O que dizer da professora Rosa? Faz da organização e do trabalho uma arte. Tem o condão de conseguir passar-nos o conhecimento como poucos professores o fazem. Tem uma maneira de ser como professora quase maternal, fazendo com que nós queiramos dar o nosso melhor. E acho que aqui falo um pouco por todos.
Ana Figueiredo: É daquelas professoras que sabe mostrar quem manda dentro da sala de aula. Ralha quando tem de ralhar e brinca quando tem de brincar, ainda que ao de leve não vá alguém abusar. Inglês não é fácil, sobretudo para a nossa turma que tem bastantes dificuldades neste aspecto. Mas como o Feedback é muito importante, é bom referir que se adaptou muito bem.
Rui Ermitão: É o único professor da Turma. Logo, é o único que me entende. Brincadeiras à parte, é o meu estilo de professor. Mete-nos completamente à vontade dentro da sala de aula. Para tal, basta que sejamos responsáveis e que façamos os trabalhos. A partir daí, é sempre a andar.
Elisa Castro: Nota-se que é uma professora de Sociologia. Faz da relação com os alunos a base das suas aulas. Gosta de conversar connosco ao invés de despejar matérias. Este factor foi sempre muito importante para que os trabalhos corressem bem. Deu-nos sempre a hipótese de escolher a forma como queríamos trabalhar.
Paula Pereira: Com esta professora ninguém brinca na aula. Com esta professora todos brincam fora dela. Dá muita importância ao trabalho e à sua profissão. Desde que estejamos dispostos a trabalhar, a stôra está disposta a ajudar. Foi também uma professora que me ajudou bastante, sobretudo com alguns concelhos de forma a evoluir a minha condição física, logo no inicio do ano.
Vanessa Nascimento: A professora de SI chegou mais tarde. Para o ano não se sabe se vai continuar. Não foi um ano fácil em SI. As aulas eram muitos e tivemos de permanecer um pouco mais em aulas para terminar. Mas SI, tornou-se acessível pela forma como a stôra tentou sempre ajudar. Diversificou trabalhos o que ajudou quem tinha mais dificuldade para os testes.
Ecdm: A professora de ECDM, rapidamente se impôs. Esteve presente em várias iniciativas importantes como a semana da criança e a semana do teatro. Tal como a professora de SI, chegou mais tarde e fez actividades diversas. Ainda por cima, incutiu-me o vicio da moldagem de balões. Uma técnica que tenho vindo a aperfeiçoar.
Josete Perdigão: Há uma coisa que ninguém nunca poderá negar. A professora Josete é única. Por tudo o que faz e pelo modo como o faz. Trabalha que se farta e faz-nos trabalhar. Brinca que se farta e faz brincar. Grita que se farta e faz gritar. É uma professora que gosta de falar com os alunos e tenta ajudá-los a alcançar os melhores resultados. É exigente? Sem dúvida, mas por vezes tem mesmo que ser. Ás vezes tem tantas ideias que nem todas acabam por ir para a frente. Mas é uma professora versátil e muito amiga dos alunos. É daquelas professoras que um aluno não esquece.
Margarida Costa: Se tivesse que definir a professora Margarida Costa numa única palavra eu escolheria, Irreverente. Haveria muitas mais que poderiam assentar que nem uma luva, mas esta professora não se pode igualar. É dotada de um sentido de justiça sem igual, ajuda os alunos com uma diversidade de processos e re-inventa a forma de ensinar. Esta professora tem as aulas na mão e sabe tirar o maior partido delas. Nós gostamos de ter aulas com a professora Margarida Costa e acho que este é talvez a maior homenagem que lhe posso fazer. Obrigado.
São apenas as minhas opiniões e de modo algum estou aqui a fazer juízos de valor. Contudo os professores são pessoas como nós e merecem também o feedback de que fizeram um óptimo trabalho e que por mim estão de parabens. Um Obrigado a todos.
Basta-me então despedir e dizer que desejo umas boas férias a todos...e
Se disse está dito e fi-lo por escrito. (Vou ter saudades de dizer isto)