Mais Vale Prevenir do que Remediar!
Estas últimas semanas têm sido marcadas pelo trabalho de grupo em Saúde Infantil. Como tal, este post, alusivo aos perigos que as crianças podem encontrar no próprio lar vem mesmo a calhar. Este é um artigo com a qualidade Sapo Família, onde a melhor lição que podemos tirar é que mais vale prevenir do que remediar.
Previna os acidentes domésticos.
O perigo pode estar à espreita em qualquer recanto da sua casa sobretudo se tem crianças pequenas.
O desenvolvimento dos bebés é rápido e surpreendente. “Quando pensamos que ainda não se mexem, já rebolam. Pouco depois, sentam-se, gatinham e rapidamente se põem de pé apoiando-se em qualquer objecto que lhes surja pela frente”, alerta a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI).
Não demora muito até que andem, trepem e comecem a explorar a casa pois a sua curiosidade é facilmente aguçada. “Se não forem tomadas as devidas precauções, a aventura de crescer pode ter consequências não desejadas e mesmo graves”. 80% dos acidentes domésticos dão-se na cama dos pais, nos sofás, nas escadas, etc. Por isso mesmo, deve preparar a sua casa com toda a antecedência possível e ter em conta a “previsibilidade dos comportamentos e da curiosidade de uma criança saudável”.
É importante passar a pente fino cada divisão da casa, “ver o mundo pelos olhos das crianças. Há atracções escondidas aos olhos dos adultos como tomadas que brilham por debaixo das mesas ou botões caídos da cómoda”, defende a APSI. Pense ainda nos produtos tóxicos espalhados e não se esqueça de colocar cancelas nas escadas ou à entrada e saída das divisões mais perigosas da casa, como por exemplo, a cozinha.
Cuidados a ter no quarto
“A cama deve ser sólida e estável, sem arestas e sem qualquer saliência onde possa ficar preso um botão da roupa do bebé, a corrente da chupeta ou qualquer outro adereço”, defende a APSI. As grades das camas ou berços devem ter uma altura mínima, pelo interior, de 60 cm e não devem ter aberturas superiores a 6 cms.
“O colchão deve ser firme e estar bem ajustado ao tamanho da cama. Certifique-se de que a mesma obedece às normas de segurança europeias”, reforça a associação. Dentro da cama, deite o bebé sem almofadas ou brinquedos para evitar o risco de asfixia.
Caso tenha em casa crianças menores de seis anos, “evite deitá-las no beliche de cima e assegure-se da existência de uma grade de segurança nos lados abertos. Esta grade deve ser estável e ter uma altura mínima de 16 cm em relação à parte superior do colchão, estavelmente colocada”.
A muda do bebé deve ser feita com tudo aquilo de que precisa por perto. O bebé não pode ficar sozinho nem por um segundo. “Num instante, rebola e pode cair”. Mantenha sempre uma mão sobre a criança enquanto a veste ou despe. Evite toalhas de mesa, fios de candeeiros ou outros objectos soltos que possam servir de suporte para a criança se pôr de pé.
Segundo indica a APSI, “todos os móveis, estantes ou prateleiras deverão estar bem fixos à parede de forma a não tombarem sobre a criança se esta se apoiar neles ou tentar trepar. De igual modo, evite móveis de vidro ou com tampos soltos”.
Tomadas, candeeiros e aquecedores
São dos aspectos mais importantes numa casa e deverá tê-los em especial consideração. “As tomadas deverão estar a mais de 1,50 m de altura e longe da cama ou da cómoda sobre a qual muda o bebé. Se tal não for possível, as tomadas deverão estar sempre protegidas com dispositivos bem adaptados ao seu tamanho e que só possam ser retirados com a ajuda de uma ferramenta própria. Elimine fios soltos e extensões.
Já agora, lembre-se que as tomadas nas casas de banho são um risco acrescido”, recomenda a APSI. Existem protectores que se adaptam às tomadas na perfeição e são muito difíceis de retirar, mesmo para um adulto.
Não cubra nunca os candeeiros ou aquecedores. Se o fizer, existe o claro risco de provocar um incêndio. “Mantenha os aquecedores afastados de cortinas, sofás, qualquer tecido e, obviamente, longe da cama do bebé. Não use aquecedores a gás nos quartos de dormir”, aconselha a APSI.
Atenção à sua cozinha
Esta é uma das zonas da casa que mais atenção requer. O seu bebé pode queimar-se gravemente e com facilidade na porta do forno, sobretudo quando começa a pôr-se de pé e a andar. “São frequentes e graves as queimaduras de palma da mão quando o bebé se apoia”. Evite cozinhar com o bebé ao colo! “As saídas e exaustores dos aparelhos (chaminés, etc.) devem ser periodicamente vistoriadas, a fim de evitar incêndios”.
Quando aquecer o biberão no micro-ondas, deve verificar a temperatura do leite porque o vidro pode ficar morno e o leite a ferver. “Se aquecer a papa, deve mexer muito bem para misturar o seu conteúdo e tornar a temperatura homogénea”. O aquecimento de alimentos que têm uma parte sólida e líquida pode provocar queimaduras graves.
Na cozinha, deve ter especial atenção aos objectos cortantes. É neste local que são criadas as condições perfeitas para os “ferimentos por corte”. É imprescindível que as facas, as latas e os copos de vidro estejam fora do alcance das crianças.
As armadilhas da casa de banho
Antes de dar banho ao seu bebé, verifique sempre a temperatura da água. “Comece sempre por deitar primeiro a água fria e só depois a água quente. Coloque um tapete anti-derrapante na banheira e lembre-se que os bebés ficam mais escorregadios com o sabonete e os óleos de limpeza.
Ao colocar o bebé na banheira, a cabeça deve estar sempre no lado oposto às torneiras e nunca o deixe sozinho, mesmo que a quantidade de água seja muito pequena”, salienta a APSI. Basta meio palmo de água para uma criança se afogar.
“As cadeiras de banho” para bebé devem ser evitadas porque dão uma falsa sensação de segurança e podem voltar-se a qualquer momento. Nunca tenha um esquentador na casa de banho. Feche os produtos tóxicos a sete chaves e sempre longe do fácil alcance das crianças.
O que fazer em caso de emergência?
“A melhor forma de saber o que fazer em caso de emergência é estar preparado antes desta acontecer. É muito importante garantir a segurança da sua família, daqueles que a rodeiam e a sua. Tenha um kit de primeiros socorros sempre à mão e porque os acidentes acontecem, se puder, tire um curso de primeiros socorros”, aconselha a APSI. Em caso de emergência, deve ligar-se o 112 mas é necessário saber o seguinte:
- Deve saber a morada e o número de telefone da sua casa pois o operador precisa de saber onde está a leitora;
- Deve ter a certeza de que está em segurança antes de telefonar;
- Mantenha-se calma. Se falar muito rápido, o operador não vai entender o que lhe está a querer transmitir;
- Prepare as respostas para as seguintes perguntas: o quê? Onde? Como? Quando? Quem?;
- Ensine os seus filhos. Eles podem salvar-lhe a vida!
Outro número a registar é o Centro de Informação Anti-Venenos. Para contactar com o mesmo, basta ligar 808 250 143.
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