“O mano está a chegar! E agora?”
O nascimento de um irmão é um acontecimento de vida bastante importante, sendo um marco na vida de qualquer criança.
Assiste-se a uma alteração da estrutura familiar, de algumas rotinas e a criança tem de aprender a partilhar o que de mais valioso tem na sua vida, o amor dos pais.
Mesmo a criança que deseja intensamente ter um irmão, sente-se de certa forma ameaçada com a sua chegada. Surge então uma variedade de sentimentos positivos e negativos, que são bastante difíceis de gerir por uma criança desta idade. Como pais e educadores, é nosso dever dar-lhes uma ajudinha…
A preparação para a chegada do novo membro da família é de extrema importância. Com ela, conseguimos trabalhar inseguranças e medos, obtendo uma adaptação gradual e saudável à nova realidade familiar.
É importante:
- Falar com a criança acerca das suas expectativas sobre o irmão que está para vir, acalmando as suas inseguranças e reforçando o seu amor incondicional por ela, focando também os aspectos positivos de ter um irmão mais novo (por exemplo: ter companhia, ter alguém com quem brincar). Tenha o cuidado de não dar um lugar de demasiado destaque ao bebé que está para vir, de forma a que a criança não se sinta inferiorizada. Afinal, ele é o irmão mais velho e vai ser ele o “líder da fratria”.
- Torná-la no seu aliado da preparação para chegada do bebé, assim, a criança poderá também ter um papel na escolha da roupa do bebé, dos brinquedos, do quarto e até mesmo do nome, o que além de fortalecer o relacionamento com os pais, fará com que se sinta muito importante e especial, e as pessoas importantes e especiais jamais serão substituídas!
- A sensibilização da criança para os cuidados que o mano exige, uma vez que a ajudará na compreensão e aceitação de que os pais terão que dispensar algum tempo e atenção ao bebé, enquanto o alimentam, trocam a fralda, etc. Uma boa maneira de sensibilizar a criança é falar-lhe de quando ela era bebé e de todos os cuidados que os pais tinham consigo, da mesma forma que terão de ter com o bebé que está a caminho.
Ciúmes? Claro que sim!
O bebé já nasceu e agora que a criança tomou contacto com o seu possível “rival de afecto e atenção”, sente que alguém lhe roubou aquele lugar especial no coração dos pais… Surge então o ciúme e a hostilidade para com o irmão.
A melhor ferramenta que os pais têm para lidar com esta situação incómoda e causadora de stress familiar é a descontracção e a compreensão.
É compreensível que uma criança habituada a receber toda a atenção e amor só para ela se sinta revoltada quando tem que partilhar o seu maior tesouro.
Há que lhe mostrar que o amor que os pais sentiam por ela não diminuiu aquando do nascimento do mano e ela terá sempre o seu lugar assegurado no coração dos pais.
Para a criança é também difícil gerir os sentimentos negativos relativamente ao irmão, até porque são por um lado geradores de culpa e por outro, geradores de medo, de que os pais deixem definitivamente de gostar dela por manifestar tais sentimentos.
É assim, muito importante para a criança sentir-se incondicionalmente amada e verdadeiramente compreendida.
Regressão ou chamada de atenção?
Com a chegada do irmão, muitas crianças regridem, procurando instintivamente recuperar a atenção dos pais, numa “competição” inconsciente com o bebé.
Esta regressão pode manifestar-se de diversas formas: voltar a falar à bebé, não querer comer sozinha, pedir a chucha, o biberão, ter enurese nocturna, querer dormir na cama dos pais, ter um sono e humor instável e até mesmo manifestar algumas somatizações como dores de cabeça e de barriga. Esta regressão deve ser encarada como uma forma de tentar chamar a si, novamente, a atenção e o amor dos pais.
Uma vez que os pais percebam esse apelo da criança, o aceitem e lhe mostrem que ela será sempre especial e continuará sempre a ser amada, os sintomas tendem a desaparecer de forma natural.
É um erro considerar a regressão como uma forma de birra, capricho ou descuido na educação e tentar combatê-la com proibições e rigidez.
Não permitir que a criança faça esta regressão temporária é um erro, na medida em que ela precisa de tempo para se reorganizar e alcançar a sua estabilidade emocional.
É importante referir que, caso a regressão se instale, deve recorrer a ajuda de profissionais da área da psicologia e pedopsiquiatria.
Sugestões para que o seu filha receba o irmão de braços abertos
☺ Não à invasão! A fim de não deixar que a criança sinta o seu território invadido, pode-lhe sugerir que seja ela a apresentar a casa ao mano quando ele chegar a casa. Será a confirmação do seu título de “líder da fratria” e a derradeira auto-afirmação em relação ao recém-chegado.
☺ Não à substituição! É desejável que se evitem mudanças na rotina da criança, como a entrada para a escola, mudança de quarto ou ida para a casa dos avós, pois nesta fase ela precisa de segurança e estabilidade. Mesmo que as mudanças sejam coincidências, a criança não as entenderá como tal, serão sentidas como uma nítida substituição e abandono.
☺ Super aliado! Tornar a criança no seu aliado em cuidar do bebé é algo que a fará sentir-se responsável, útil e feliz, à medida que fortalece o laço afectivo entre os irmãos. À sua maneira, a criança poderá dar o seu contributo nas várias situações de cuidados do bebé, ajudar na alimentação, no banho, a vestir, a trocar a fralda e sempre que possível poderá brincar com ele.
☺ Ele gosta de mim! Sempre que oportuno demonstre à criança que o bebé gosta dele, porque sorri quando está com ele ou porque o segue atentamente com o olhar. Isso criará uma empatia mútua entre os irmãos.
☺ Eu compreendo! Quando a criança se mostra desagradada com o facto do irmão chorar muito ou dar muito trabalho, é importante não desvalorizar o sentimento da criança ou pior, fazê-la sentir-se mal com esse sentimento. Mostre-lhe que a compreende, que às vezes é desagradável estar a ouvi-lo chorar e ter de estar sempre a cuidar dele. Ao se sentir ouvida e compreendida, a criança terá tendência a desvalorizar por si mesma esses aspectos “menos positivos” de ter um irmão bebé.
☺ Já sou crescido! As crianças adoram sentir que já são crescidas e se isso sai da boca do pai ou da mãe é motivo para um grande orgulho. Se o seu filho mostra maturidade (para a sua idade) em relação ao irmão, diga-lhe que está satisfeito com os seus comportamentos e atitudes. Ele vai ter vontade de fazer cada vez mais e melhor.
☺ Eu continuo a ser Eu! Ao continuar a fazer as actividades que ele tanto gosta, em conjunto com o seu filho, ele vai valorizar esse tempo privilegiado e sentir que não está a ser prejudicado pelo nascimento irmão mais novo. No Gymboree muitos pais, apesar do tempo ser mais reduzido, não deixam de fazer a sua aula com o filho mais velho, reservando aquele espaço e aquele tempo exclusivamente para ele. É o seu momento de “filho único”, com toda a atenção focalizada nele.
☺ Eu sou mesmo especial! Não basta dizer ao seu filho que ele é especial, deve mostrar-lhe o quão especial ele é, reservando tempo só para ele, brincadeiras, passeios, histórias, lanchinhos dedicados só a ele, tal como antigamente. Isso fará com que se sinta seguro e verdadeiramente especial.
O contributo do Gymboree
A pensar precisamente na união da família e no seu crescimento como um todo surge o Family Gymboree. Este programa junta os dois papás e os dois filhotes numa mesma aula!
Como conseguir uma aula em que cada um deles se sinta especial e com um papel activo e único? Cada uma das crianças tem sempre a companhia ou do pai ou da mãe, para que nunca se sinta sozinho ou posto de parte em relação ao irmão.
O mais pequeno requer mais atenção e cuidado porque tem mais dificuldade em percorrer os equipamentos e é aí que o irmão mais velho tem um papel importantíssimo!
Sempre que quiser, pode ajudar o mano a fazer a actividade, explicar-lhe como se faz, exemplificar e até mesmo fazerem em conjunto.
O irmão mais velho assume a posição de modelo, o mais forte e o mais capaz, ao mesmo tempo que o mais pequenino também está na posição privilegiada, pois é cuidado pelo pai e pelo mano!
É uma óptima forma de fazer com que cada um se sinta especial!
DESTAQUES
Uma boa maneira de sensibilizar a criança é falar-lhe de quando ela era bebé e de todos os cuidados que os pais tinham consigo
O bebé já nasceu e agora que a criança tomou contacto com o seu possível “rival de afecto e atenção”, sente que alguém lhe roubou aquele lugar especial no coração dos pais…
Com a chegada do irmão, muitas crianças regridem, procurando instintivamente recuperar a atenção dos pais, numa “competição” inconsciente com o bebé
Fonte: http://familia.sapo.pt/crianca/emocoes/mae_ideal/1066037-2.html
O nascimento de um irmão é um acontecimento de vida bastante importante, sendo um marco na vida de qualquer criança.
Assiste-se a uma alteração da estrutura familiar, de algumas rotinas e a criança tem de aprender a partilhar o que de mais valioso tem na sua vida, o amor dos pais.
Mesmo a criança que deseja intensamente ter um irmão, sente-se de certa forma ameaçada com a sua chegada. Surge então uma variedade de sentimentos positivos e negativos, que são bastante difíceis de gerir por uma criança desta idade. Como pais e educadores, é nosso dever dar-lhes uma ajudinha…
A preparação para a chegada do novo membro da família é de extrema importância. Com ela, conseguimos trabalhar inseguranças e medos, obtendo uma adaptação gradual e saudável à nova realidade familiar.
É importante:
- Falar com a criança acerca das suas expectativas sobre o irmão que está para vir, acalmando as suas inseguranças e reforçando o seu amor incondicional por ela, focando também os aspectos positivos de ter um irmão mais novo (por exemplo: ter companhia, ter alguém com quem brincar). Tenha o cuidado de não dar um lugar de demasiado destaque ao bebé que está para vir, de forma a que a criança não se sinta inferiorizada. Afinal, ele é o irmão mais velho e vai ser ele o “líder da fratria”.
- Torná-la no seu aliado da preparação para chegada do bebé, assim, a criança poderá também ter um papel na escolha da roupa do bebé, dos brinquedos, do quarto e até mesmo do nome, o que além de fortalecer o relacionamento com os pais, fará com que se sinta muito importante e especial, e as pessoas importantes e especiais jamais serão substituídas!
- A sensibilização da criança para os cuidados que o mano exige, uma vez que a ajudará na compreensão e aceitação de que os pais terão que dispensar algum tempo e atenção ao bebé, enquanto o alimentam, trocam a fralda, etc. Uma boa maneira de sensibilizar a criança é falar-lhe de quando ela era bebé e de todos os cuidados que os pais tinham consigo, da mesma forma que terão de ter com o bebé que está a caminho.
Ciúmes? Claro que sim!
O bebé já nasceu e agora que a criança tomou contacto com o seu possível “rival de afecto e atenção”, sente que alguém lhe roubou aquele lugar especial no coração dos pais… Surge então o ciúme e a hostilidade para com o irmão.
A melhor ferramenta que os pais têm para lidar com esta situação incómoda e causadora de stress familiar é a descontracção e a compreensão.
É compreensível que uma criança habituada a receber toda a atenção e amor só para ela se sinta revoltada quando tem que partilhar o seu maior tesouro.
Há que lhe mostrar que o amor que os pais sentiam por ela não diminuiu aquando do nascimento do mano e ela terá sempre o seu lugar assegurado no coração dos pais.
Para a criança é também difícil gerir os sentimentos negativos relativamente ao irmão, até porque são por um lado geradores de culpa e por outro, geradores de medo, de que os pais deixem definitivamente de gostar dela por manifestar tais sentimentos.
É assim, muito importante para a criança sentir-se incondicionalmente amada e verdadeiramente compreendida.
Regressão ou chamada de atenção?
Com a chegada do irmão, muitas crianças regridem, procurando instintivamente recuperar a atenção dos pais, numa “competição” inconsciente com o bebé.
Esta regressão pode manifestar-se de diversas formas: voltar a falar à bebé, não querer comer sozinha, pedir a chucha, o biberão, ter enurese nocturna, querer dormir na cama dos pais, ter um sono e humor instável e até mesmo manifestar algumas somatizações como dores de cabeça e de barriga. Esta regressão deve ser encarada como uma forma de tentar chamar a si, novamente, a atenção e o amor dos pais.
Uma vez que os pais percebam esse apelo da criança, o aceitem e lhe mostrem que ela será sempre especial e continuará sempre a ser amada, os sintomas tendem a desaparecer de forma natural.
É um erro considerar a regressão como uma forma de birra, capricho ou descuido na educação e tentar combatê-la com proibições e rigidez.
Não permitir que a criança faça esta regressão temporária é um erro, na medida em que ela precisa de tempo para se reorganizar e alcançar a sua estabilidade emocional.
É importante referir que, caso a regressão se instale, deve recorrer a ajuda de profissionais da área da psicologia e pedopsiquiatria.
Sugestões para que o seu filha receba o irmão de braços abertos
☺ Não à invasão! A fim de não deixar que a criança sinta o seu território invadido, pode-lhe sugerir que seja ela a apresentar a casa ao mano quando ele chegar a casa. Será a confirmação do seu título de “líder da fratria” e a derradeira auto-afirmação em relação ao recém-chegado.
☺ Não à substituição! É desejável que se evitem mudanças na rotina da criança, como a entrada para a escola, mudança de quarto ou ida para a casa dos avós, pois nesta fase ela precisa de segurança e estabilidade. Mesmo que as mudanças sejam coincidências, a criança não as entenderá como tal, serão sentidas como uma nítida substituição e abandono.
☺ Super aliado! Tornar a criança no seu aliado em cuidar do bebé é algo que a fará sentir-se responsável, útil e feliz, à medida que fortalece o laço afectivo entre os irmãos. À sua maneira, a criança poderá dar o seu contributo nas várias situações de cuidados do bebé, ajudar na alimentação, no banho, a vestir, a trocar a fralda e sempre que possível poderá brincar com ele.
☺ Ele gosta de mim! Sempre que oportuno demonstre à criança que o bebé gosta dele, porque sorri quando está com ele ou porque o segue atentamente com o olhar. Isso criará uma empatia mútua entre os irmãos.
☺ Eu compreendo! Quando a criança se mostra desagradada com o facto do irmão chorar muito ou dar muito trabalho, é importante não desvalorizar o sentimento da criança ou pior, fazê-la sentir-se mal com esse sentimento. Mostre-lhe que a compreende, que às vezes é desagradável estar a ouvi-lo chorar e ter de estar sempre a cuidar dele. Ao se sentir ouvida e compreendida, a criança terá tendência a desvalorizar por si mesma esses aspectos “menos positivos” de ter um irmão bebé.
☺ Já sou crescido! As crianças adoram sentir que já são crescidas e se isso sai da boca do pai ou da mãe é motivo para um grande orgulho. Se o seu filho mostra maturidade (para a sua idade) em relação ao irmão, diga-lhe que está satisfeito com os seus comportamentos e atitudes. Ele vai ter vontade de fazer cada vez mais e melhor.
☺ Eu continuo a ser Eu! Ao continuar a fazer as actividades que ele tanto gosta, em conjunto com o seu filho, ele vai valorizar esse tempo privilegiado e sentir que não está a ser prejudicado pelo nascimento irmão mais novo. No Gymboree muitos pais, apesar do tempo ser mais reduzido, não deixam de fazer a sua aula com o filho mais velho, reservando aquele espaço e aquele tempo exclusivamente para ele. É o seu momento de “filho único”, com toda a atenção focalizada nele.
☺ Eu sou mesmo especial! Não basta dizer ao seu filho que ele é especial, deve mostrar-lhe o quão especial ele é, reservando tempo só para ele, brincadeiras, passeios, histórias, lanchinhos dedicados só a ele, tal como antigamente. Isso fará com que se sinta seguro e verdadeiramente especial.
O contributo do Gymboree
A pensar precisamente na união da família e no seu crescimento como um todo surge o Family Gymboree. Este programa junta os dois papás e os dois filhotes numa mesma aula!
Como conseguir uma aula em que cada um deles se sinta especial e com um papel activo e único? Cada uma das crianças tem sempre a companhia ou do pai ou da mãe, para que nunca se sinta sozinho ou posto de parte em relação ao irmão.
O mais pequeno requer mais atenção e cuidado porque tem mais dificuldade em percorrer os equipamentos e é aí que o irmão mais velho tem um papel importantíssimo!
Sempre que quiser, pode ajudar o mano a fazer a actividade, explicar-lhe como se faz, exemplificar e até mesmo fazerem em conjunto.
O irmão mais velho assume a posição de modelo, o mais forte e o mais capaz, ao mesmo tempo que o mais pequenino também está na posição privilegiada, pois é cuidado pelo pai e pelo mano!
É uma óptima forma de fazer com que cada um se sinta especial!
DESTAQUES
Uma boa maneira de sensibilizar a criança é falar-lhe de quando ela era bebé e de todos os cuidados que os pais tinham consigo
O bebé já nasceu e agora que a criança tomou contacto com o seu possível “rival de afecto e atenção”, sente que alguém lhe roubou aquele lugar especial no coração dos pais…
Com a chegada do irmão, muitas crianças regridem, procurando instintivamente recuperar a atenção dos pais, numa “competição” inconsciente com o bebé
Fonte: http://familia.sapo.pt/crianca/emocoes/mae_ideal/1066037-2.html
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