"Tudo o que sei, aprendi no Jardim de Infância"
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Filme "Dartacão - Um por todos e todos por um"
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
A Maldição dos Palavões
E, subitamente, ouve-se da boca da criança uma das palavras que todos conhecemos mas que nunca imaginámos que ela também soubesse. Que fazer para enfrentar a maldição dos palavrões?
Sofia foi bastante precoce. Ainda não tinha dois anos e a mãe chocou-se ao ouvi-la dizer, quando tocou com a mão na torneira de água quente da banheira, que estava a escaldar: «f…!». «Se não foi a primeira palavra dela, foi das primeiras e quem ficou sem palavras fui eu! Nem reagi e como ela não a repetiu lá sosseguei. Só mais tarde percebi de onde veio o palavrão. A ama dela era do Porto e usava-a bastante, quase de forma coloquial e a Sofia ‘apanhou-o’. Felizmente que foi o único e ela não passou pela fase das ‘palavras feias’. Já o irmão…».
É um dos clássicos da infância. De repente, no meio de uma brincadeira, de uma conversa, de um desentendimento e/ou frustração ou mesmo sem razão aparente, a criança lança um palavrão, mais ou menos cabeludo. Há quem ria e aplauda e há quem se enerve e castigue. Há quem tente saber onde aprendeu a palavra e quem tente perceber se ela compreende o que acabou de dizer. E há quem mantenha a calma e não faça um bicho-de-sete-cabeças. É que um palavrão dito por uma criança pode ter significado e valor diferentes dos habituais.
«Mas onde é que ele aprendeu isto?», é a primeira pergunta que muitos pais fazem. Provavelmente em casa ou, pelo menos, nos grupos sociais em que a família está inserida. Segundo um estudo recente feito nos Estados Unidos, as crianças dizem cada vez mais palavras feias e cada vez mais cedo, mimetizando os comportamentos dos adultos já que também eles aumentaram o uso de asneiras.
Timothy Jay, professor de psicologia na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Massachusets e estudioso destas questões defende que as expressões insultuosas têm vindo a conquistar espaço no quotidiano e perto de um por cento do que proferimos em 24 horas são palavrões. «Mesmo aquilo que sussurramos baixinho quando nos magoamos ou quando desligamos o telefone após uma conversa irritante é registado pelas crianças que, mais tarde ou mais cedo, vão repetir o que ouviram.»
Assim, escutando-as regularmente, não admira que «quando as crianças iniciam a escola já conhecem todas as palavras proibidas», conclui o especialista, alertando igualmente para a multiplicação dos palavrões noutros cenários, com destaque para a televisão.
OLHEM PARA MIM!
E do conhecer ao dizer vai um pequeno passo. Entre os três os quatro anos, a criança está empenhada em alargar o seu vocabulário e começa a perceber que todas as palavras têm expressões e pesos diferentes conforme as circunstâncias e a entoação em que são utilizadas. E os palavrões, esses, são irresistíveis pelas reações mais ou menos inflamadas que provocam.
No segundo ano de infantário, prestes a fazer cinco anos, Pedro adquiriu um «reportório de fazer corar um camionista», recorda o pai. «E durante uns tempos usou-o bastante. Nós começámos por ralhar e até o pusemos de castigo umas vezes mas percebemos que não resultava. Tivemos de falar com a família para que não fizesse comentários, e em casa nós também não reagíamos, fazíamo-nos de surdos. O pior era em frente de estranhos. Ainda custou mas ele acabou por perceber que não tinha graça nenhuma e hoje não diz uma palavra feia. Pelo menos em família!»
Para Timothy Jay, mais do que proibir as asneiras – até porque elas servem «propósitos de desabafo ou de luta contra as pequenas frustrações» - o importante é passar a mensagem de que existe um tempo e circunstâncias para tudo. «Quando estava a crescer, a minha filha foi ensinada a nunca desrespeitar verbalmente os outros, mas não era castigada quando proferia usualmente uma palavra mais forte, especialmente se era em contexto de brincadeira com outras crianças ou apenas para si própria. Esse lapso era, pura e simplesmente, ignorado», recorda o psicólogo norte-americano. «Dizer palavrões na direção dos outros é como usar a buzina do carro: uma forma de chamar a atenção. Se esse objetivo não é atingido, não se volta a buzinar e usam-se meios alternativos e bem mais sociáveis», conclui.
CAIXA
Que fazer
A utilização de palavrões pela criança pode dever-se a vários tipos de razões e é importante perceber quais para atacar este hábito de forma eficaz:
- Repete o que ouve em casa = É importante que, antes de mais, se limite ou elimine o uso adulto das expressões que consideramos inadequadas no contexto familiar. Só então se pode esperar que a criança também as abandone. Se isso não acontecer, ela não compreenderá por que motivo é a única a ser chamada à atenção.
- Repete o que ouve a outra criança = Não dê demasiada importância, se forem casos pontuais. Mas se se repetirem, ajude-a a encontrar alternativas. Diga-lhe, por exemplo: «conheces tantas palavras bonitas. Vamos experimentar usá-las?»
- Está zangada ou perturbada = Demonstre que existem múltiplos termos para manifestar os seus sentimentos, sem usar palavras ofensivas. Podem até escolher um termo inócuo como «raios» ou «bolas» para ser usado nessas situações.
- Gosta da atenção = Se as reações que obtém são de surpresa, zanga desproporcionada ou mesmo sorrisos e gargalhadas, é natural que repita os palavrões quando deseja ser o centro da sala. Como para grandes males, grandes remédios, o melhor é respirar fundo e fingir que nada foi dito. Depressa a criança perceberá que é melhor usar outra estratégia para que reparem nela.
- Quer saber o que significam = Acontece frequentemente com termos ligados à sexualidade. Tente explicar, de acordo com a idade da criança, o que significam e proponha-lhe que use as palavras mais corretas para os designar.
Fonte: Revista Pais e Filhos
Vê O professor e a varinha de condão
Título: O professor e a varinha de condão
Link: http://gotaf.socialtwist.com/redirect?l=2sn1n
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Conferência "Histórias da Ajudaris um caso de sucesso" - 05/01/12
Excelente conferência realizada na Escola Superior de Educação em Setúbal com o tema "Histórias da Ajudaris - Um caso de Sucesso", que contou com a magnifica participação de Rosa Vilas Boas, Diretora da Associação Ajudaris, Amilcar Martins, Contador de Histórias, Ph.D. Ciências de Educação, Artes e Coordenador do Mestrado em Arte e Educação na Universidade Aberta, Ana Margarida Mira, Ilustradora, Arquiteta, Pós-graduada em Arte e Educação e Professora de Artes Visuais e Mónica Arenagui, licenciada en psicología UNED, Master en fotografía, realizando doctorado en Bellas Artes, UCM.
Aqui estou eu durante a conferência da Ajudaris
Mónica Arenagui, licenciada en psicología UNED, Master en fotografía
Amilcar Martins, Contador de Histórias, Ph.D. Ciências de Educação, Artes e Coordenador do Mestrado em Arte e Educação na Universidade Aberta
Educação: Manias dos pais-galinha
Educação: Manias dos pais-galinha: Não perdem os filhos de vista, fazem-lhes os trabalhos de casa e não descansam enquanto não sabem tudo o que fazem durante o dia. Será de mais? É, sim
País - Pais vão poder optar entre as Atividades de Enriquecimento Curricular ou as ATL - RTP Noticias
Saudades
Como as saudades são mais que muitas, fica a minha mensagem de despedida ao Jardim de Infância Nuvem 2: A minha casa durante os três anos de Curso Técnico Profissional Apoio à Infância.
Estou na UNIVERSIDADE - Adoro LEB!!!!!!!!!!
Depois de concluir o meu curso Profissional Técnico de Apoio à Infância, o meu percurso segue através de um outro mundo.
Agora estou na Universidade. Escola Superior de Educação. Sinto que aqui é o meu lugar. Mais exigência, novos desafios, muitas aprendizagens, pessoas fantásticas, amigos, amigas, praxes, copos, farra, tunas e mil e uma noites sem dormir.
Licenciatura em Educação Básica é o meu novo mundo, a minha nova casa, a minha nova vida.
E esta vida de universitário é bem mais complicada. Exige muito de nós.
Mas vou construindo pedra a pedra o meu forte.
E tu ? És capaz de construir o teu?
Agora estou na Universidade. Escola Superior de Educação. Sinto que aqui é o meu lugar. Mais exigência, novos desafios, muitas aprendizagens, pessoas fantásticas, amigos, amigas, praxes, copos, farra, tunas e mil e uma noites sem dormir.
Licenciatura em Educação Básica é o meu novo mundo, a minha nova casa, a minha nova vida.
E esta vida de universitário é bem mais complicada. Exige muito de nós.
Mas vou construindo pedra a pedra o meu forte.
E tu ? És capaz de construir o teu?
Prova de Aptidão Profissional
Bom dia amigos.
Como à muito que não atualizava o Blog, à muito para contar.
Desde já, fiquem com o Vídeo da minha PAP-Prova de Aptidão Profissional, com que terminei o meu Curso Profissional Técnico de Apoio à Infância.
O Regresso
Depois de muito tempo de ausência estou de volta amigos. O Blogue não morreu. A vida é que mudou.
Os três anos passaram, os dois objetivos foram atingidos mas o sonho mantém-se: Chegar a Educador.
Agora estou numa nova etapa. Encontro-me na Escola Superior de Educação em Setúbal.
Aqui tudo é diferente. A exigência é maior, as mentalidades são outras e o amor pelo que se faz é essencial.
Posso contar-vos que tenho conhecido pessoas fantásticas. Fui baptizado nas minhas fantásticas "praxes" e tenho até uma madrinha de coração e algumas de afinidade.
Ontem terminou o meu primeiro semestre. Dias de muito estudo e muito trabalho.
Espero agora os resultados, para ver se terei que realizar algum exame. Esperemos que não!
A vida vai seguindo o seu percurso, com mais ou menos dificuldades.
O mais importante de tudo, é que eu sinto que estou no lugar certo.
Adoro o que faço, adoro as crianças, adoro os sorrisos.
Porque bem, bem lá no fundo,
Eu adoro o meu pequeno mundo!
Fábio Machuqueiro, Se o disse está dito e fi-lo por escrito!
3 Anos, 2 Objectivos, 1 Sonho - Resumo Escolar - Meses Fevereiro, Março e Abril.
Olá caros leitores. É inevitável que a minha primeira palavra seja um claro pedido de desculpas por não actualizar o Blog mais cedo, mas o imenso trabalho a que estive sujeito assim o obrigou e tendo de definir prioridades, decidi claramente colocar o blog em segundo plano, jamais esquecendo a importância que o mesmo tem, para quem o acompanha e para mim enquanto aluno. Agora que a fase de trabalho com maior intensidade passou, está na altura de dar a conhecer as razões que me levaram a ficar este tempo fora. E que melhor maneira de o fazer, do que relatar a forma como têm decorrido as aulas nestes últimos meses de Fevereiro, Março e Abril? Podemos começar então com a disciplina de TPIE, até porque com tanto trabalho, não há muito a dizer. Confusos? É simples. O trabalho desenvolvido relaciona-se com a PAP. Este projecto trabalhoso e demorado e no meu caso, bastante ambicioso, absorveu-me todo o tempo que tinha, mas orgulho-me de dizer que foi inteiramente responsabilidade minha, sem ajudas na sua construção enquanto ideia e muito pouca na sua concepção enquanto trabalho prático. Nos últimos meses preparei cartazes, inquéritos, exposições, panfletos, programações, cartas formais, cartas de explicação, requerimentos, compromissos de honra e variados e-mails. "Desfiz-me completamente em contactos telefónicos para os vários apoios e escolar interessadas no SETANIMA, 0 1º Festival de Cinema infantil de Setúbal. Isto tudo nas aulas de TPIE, fomentando sempre o meu trabalho e colocando este projecto acima de qualquer coisa. Nas aulas de Português, os últimos tempos foram dedicados a Fernando Pessoa, até porque o exame está à porta. Ortónimo e Heterónimos deram o mote para um teste onde o resultado foi bastante bom tendo em conta que a minha cabeça estava claramente virada para o meu Super Projecto de Aptidão Profissional. Um 17,5 permitiu manter a minha média de Português, até porque os variados trabalhos efectuados foram mais que muitos, destacando-se o manifesto Anti Dantas que tanto "Choque" causou... Pelo meio iniciámos ainda o estudo da difícil "Mensagem" de Fernando Pessoa e demos uma boa dose de gramática, o meu claro Calcanhar de Aquiles. Em Expressão Plástica o que também não faltou foi trabalho. Pintura de Tshirts, um trabalho sobre pintura em tecido, construção gráfica de cartazes, panfletos, flyers, cartaz digital e spot publicitário. Todo o trabalho de divulgação ao nível gráfico, passou sempre pela mão do grande "Ermitão" que me ajudou sempre ao nível da concepção dos trabalhos. Desde já agradeço ao professor "Ermitão" pela ajuda e ainda pela compreensão e confiança depositada, pois se houveram dias em que faltei nunca fora por vontade própria, mas porque o trabalho assim o definiu. Passo agora pelas disciplinas mais demoradas, destacando ECDM e SI. Em ECDM, o trabalho passa sobretudo pela construção de um fantoche de espuma para a realização da peça "hansel e grettel". Contudo foi já pedido pelo professor um outro trabalho sobre "A criança e a música". Em SI, os trabalhos também têm sido alguns e muito autónomos. Realizámos um cartaz sobre a deficiência, um panfleto sobre a sexualidade para crianças, estando agora com um trabalho em mãos sobre a hiperactividade. Na disciplina de Psicologia temos sobretudo falado sobre a importância do emprego e das variadas técnicas de procura de emprego, chegando mesmo a receber a Psicóloga da escola Ana Domingos para uma sessão de esclarecimento. Em AI, todas as aulas têm sido fundamentais na elaboração da PAP, até porque as horas estão mais que dadas. EM educação Física temos dado grande importância ao desenvolvimento das actividades para crianças, destacando os jogos infantis. Pelo meio, lá fazemos as nossas aulas práticas com Andebol, Futebol e Basquetebol como desportos de eleição. Restam-me referir a matemática, onde a geometria tem dado que fazer. Eu estou claramente a perceber e integrado na matéria, sendo que um teste não seria problema de maior. Contudo, a grande maioria preferiu realizar um trabalho, sendo que o mesmo será sobre Euclides e a geometria. Feito que está o resumo dos últimos tempos escolares, resta-me prometer que voltarei assim que possível, tentando postar com mais regularidade. Contudo, os próximos tempos não se avizinham fáceis, pois existe a Defesa da PAP, a elaboração da parte escrita e o decisivo exame para o próximo passo de uma vida. Os três anos estão quase passados, os dois objectivos quase atingidos e o sonho quase alcançado. Até à próxima!
Estilos Educativos
Estilos educativos – sabe qual é o seu ?
Cada família tem o seu estilo educacional. Sendo que uns são (potencialmente) mais adaptados que outros A arte de educar é um processo em que os pais vão evoluindo a par do desenvolvimento dos seus filhos. É, então, fundamental que os pais reflictam e procurem dar sempre o melhor de si, respeitando a individualidade da criança e promovendo actividades em que esta possa desenvolver competências sociais e emocionais, já que estas são as chaves para um maior bem-estar.
Com o objectivo de melhor compreender os estilos de educação adoptados pelos pais e as suas consequências, na década de 70, a psicóloga Diana Baumrind enunciou três tipos principais – autoritário, permissivo, democrático.
Estilos educativos
Estilo Autoritário - há uma tentativa de controlar e modelar, de forma rígida, as atitudes da criança. Estes pais valorizam a obediência absoluta, recorrendo a medidas punitivas (verbais ou físicas) para que os mais pequenos se comportem de acordo com a sua exigência. São frequentes as críticas ou ameaças à criança, sendo muito escassas as manifestações de afecto.
Estilo Permissivo - os pais funcionam como meios de satisfação dos desejos das crianças, e não como modelos. Neste estilo existe uma quase ausência de normas e a obediência não é encorajada. Há geralmente calor afectivo e comunicação positiva, sem exigências de maturidade.
Estilo democrático - há o estabelecimento de normas e limites, envoltos num clima de calor afectivo. A comunicação é positiva e optimista. Os pais que usam este estilo educacional adequam as suas atitudes às necessidades da criança, quer no que toca à sua idade, quer aos seus desejos, fazendo exigências de maturidade concordantes com as capacidades e interesses da criança.
Qual o estilo mais eficaz ?
Os estudos têm mostrado que pais que adoptam um estilo parental democrático têm filhos com maior sucesso escolar e social. De facto, se é importante que os filhos tenham boas notas, o amor parental não é condicionado por esse facto.
É de extrema importância que as regras sejam temperadas com afecto. Para além disso, os pais democráticos quando dizem 'não' ou quando os filhos cometem erros, perdem tempo a explicar-lhes o porquê do comportamento estar errado, reflectindo também em conjunto sobre formas de evitar futuros comportamentos desadequados.
O sucesso nas funções parentais é diariamente construído e, não obstante a investigação poder fornecer várias noções que potenciam uma educação mais eficaz, não há a linearidade que tão frequentemente pais e educadores procuram.
De facto, o desenvolvimento social e afectivo de uma criança é condicionado fortemente pela educação parental, mas também por outras variáveis, como o meio escolar, os amigos, as famílias alargadas, ou mesmo a sociedade em que se encontra. Deste modo, poderemos encontrar excepções em que filhos de pais com um estilo democrático poderão ter piores resultados escolares e sociais, ou o inverso poderá ocorrer com filhos de pais com um estilo negligente de educação.
A influência dos amigos nos comportamentos disruptivos
Quando a criança ingressa no Jardim-de-infância ou na Pré-escola, os seus modelos passarão a ser os educadores e os seus colegas ou amigos. A criança vai aprendendo e adquirindo comportamentos através da sociabilização, isto é, através da observação que faz dos comportamentos dos diversos elementos constituintes da sociedade. Inicialmente, a criança começa por observar e imitar os comportamentos dos seus pais, sendo estes os seus primeiros modelos. Posteriormente, sobretudo quando a criança ingressa no Jardim-de-infância ou na Pré-escola, os seus modelos passarão a ser os educadores e os seus colegas ou amigos. Neste sentido, a criança poderá adoptar, tanto comportamentos assertivos, como comportamentos disruptivos, dependendo dos comportamentos observados nos seus modelos.
Modelagem: imitação dos comportamentos observadosAs primeiras relações comportamentais que ocorrem na vida de uma criança estabelecem-se primeiramente com os seus pais. Os primeiros comportamentos que ela adopta por imitação são aqueles que ela observa nos seus pais, sendo estes os seus agentes modeladores. Mas a educação familiar não é a única influência no seu desenvolvimento. As crianças vão recebendo influências de outros indivíduos mediante o processo de sociabilização, devido à sua interacção com outras pessoas. Com a frequência do Jardim-de-infância ou da Pré-escola a criança irá adquirir novos comportamentos ao observar e imitar os educadores e os seus colegas e amigos, passando estes a ser os seus modelos. O processo de observação e posterior imitação dos modelos é denominado por modelagem. Tudo aquilo que a criança vê, ouve e sente fica armazenado na sua memória e irá influenciar o seu modo de viver. É desta forma que a criança vai modelando e formando o seu processo de desenvolvimento da personalidade.
Comportamentos disruptivos
Os comportamentos disruptivos são considerados como uma transgressão das normas escolares, prejudicando as condições de aprendizagem, tanto da própria criança, como das outras crianças de sala, o ambiente de ensino e as relações interpessoais, quer entre pares, quer perante as figuras de autoridade. Assim sendo, estes comportamentos incluem a indisciplina e o desvio às regras do trabalho escolar. Os comportamentos disruptivos são uma questão com a qual educadores e professores se têm vindo a deparar constantemente. Estes comportamentos podem ocorrer quando as crianças se sentem frustradas, quando têm dificuldade em lidar com a autoridade, quando têm dificuldade em cumprir regras ou quando procuram a atenção do adulto ou dos colegas ou amigos.
Influência dos pares
O período pré-escolar é fundamental em termos de desenvolvimento. Entre os três e os seis anos de idade, sensivelmente, a criança está mais desperta e predisposta para aprender e adoptar com mais facilidade e rapidez o comportamento observado nas relações entre os pares. Desta forma, os pares têm uma influência fulcral sobre os comportamentos da criança.Tem-se verificado um crescente reconhecimento da importância da interacção com os pares no processo de desenvolvimento da criança. Esta interacção é imprescindível para a socialização durante infância, conduzindo a uma aprendizagem de papéis, a um desenvolvimento cognitivo e moral, ao domínio de impulsos agressivos e à aquisição de competências sociais. Se por um lado determinados comportamentos que a criança vai observando no seu dia-a-dia têm uma influência benéfica para o seu desenvolvimento, há outros que poderão ter uma influência nociva. A criança ao observar um comportamento inapropriado, poderá adoptar posteriormente esse mesmo comportamento e, consequentemente, tornar-se numa criança com comportamentos disruptivos constantes. Vários estudos demonstram, por exemplo, que as crianças se tornam mais agressivas quando observam modelos violentos ou agressivos.É natural uma criança imitar um comportamento inadaptado de um amigo seu, sobretudo quando este é um líder, isto é, alguém que todas as crianças veneram, seguem e imitam. Perante um comportamento deste género, algumas crianças acham graça e, como tal, tenderão a imitar esse comportamento com a esperança de que a reacção dos colegas seja a mesma verificada com os seus pares e que possam, também, serem vistos como líderes.
Desafiar a autoridade
Mesmo quando determinadas crianças são repreendidas por terem comportamentos disruptivos e têm consciência que estão a desrespeitar as regras, continuam a adoptar esses comportamentos, pois enaltece-as o facto de enfrentarem o agente de autoridade. Este desafio, para algumas crianças, pode ser visto como grandioso e, como tal, uma atitude a seguir.Muitas crianças, para fazerem parte de um grupo, para serem aceites por este, tendem a imitar os seus comportamentos e atitudes disruptivos, uma vez que sabem que se não o fizerem, jamais se poderão juntar a esse grupo. Muitos fazem-no para serem bem vistos pelos seus pares, outros acabam mesmo por ser persuadidos ou obrigados. Nestes casos, os pares fazem com que as outras crianças imitem todos os seus comportamentos, fazendo-lhes crer que assim serão bem tratados e respeitados pelo grupo, podendo vir a ser parte integrante do mesmo. Verifica-se então, que a criança já não age por livre e espontânea vontade, como o referido anteriormente, mas sim porque é obrigada. Pode-se afirmar que qualquer criança está fortemente sujeita à influência do grupo de pares a que pertence e à turma onde está inserida. Contudo, essa influência dependerá da personalidade de cada criança, sendo mais fácil persuadir crianças como uma personalidade menos vincada, que aceitam facilmente aquilo que os outros dizem ou fazem, que têm pouca vontade própria e crianças cujas famílias são desestruturadas e estão desajustadas às suas necessidades. É necessário todos os agentes educativos, nomeadamente os pais, estarem atentos a este tipo de comportamentos e tomarem medidas pois, futuramente, poderemos vir a ter adolescentes e adultos agressivos, rebeldes, sem regras e sem respeito pelos outros.
Medidas a adoptar face à imitação de comportamentos disruptivos:
-
Estabelecer regras claras juntamente com a criança. Será mais fácil ela as cumprir se participar na elaboração das mesmas;
-
Estabelecer rotinas para que a criança se mantenha ocupada durante mais tempo;
-
Estimular a criança a fazer determinadas escolhas e valorizar essas escolhas;
-
Demonstrar que a criança é boa em diversas actividades;
-
Reforçar e elogiar sempre os comportamentos assertivos;
-
Falar com a criança e fazê-la ver que os comportamentos que está a adoptar não são correctos. A comunicação entre os agentes educativos e a criança é fundamental;
-
Imediatamente após um comportamento disruptivo, peça à criança que pense durante algum tempo sobre o que acabou de fazer e seguidamente que verbalize os seus pensamentos;
-
Não atribuir castigos exageradamente. A criança irá perceber que por qualquer coisa que faça será sempre castigada, como tal, já nem se importará de ser castigada.
-
Jamais isolar a criança ou proibir que ela se dê com determinadas crianças;
-
Quando os pais não conseguem lidar com estas situações, ou quando já esgotaram todos os seus recursos, a atitude a tomar será consultar um Psicólogo.
SETANIMA - 1º Festival Cinema Infantil Setúbal
De 14 a 18 de Março, ocorreu o expoente máximo de um projecto de loucos. Quando falo num projecto de loucos, falo num projecto que apenas aconselharia uma pessoa a entrar: Eu! Digo isto, porque sei o trabalho que tive. Digo isto porque sei o trabalho que desenvolvi, ao longo dos últimos meses. Foi em Setembro do ano passado que comentei com três amigos o desejo de levar em frente este projecto. Chamaram-me maluco, não porque não acreditasse, mas porque sabiam da dificuldade de desenvolver algo assim sem qualquer tipo de verbas e apoios. Mas foi possível. Arranjou-se o espaço certo, integrando o auditório do centro Social Paroquial Nossa Senhora da Anunciada, no projecto. Pediram-se os apoios, depois de se ver qual os recursos físicos necessários. Divulgou-se o projecto a todos os níveis possíveis e com as limitações conhecidas (Pelo menos por mim). No dia 14 de Março de 2011, eu e o meu staff, as/os colegas Bruna, Vânia, Andreia, Ana Brito, Ana Caldeira, Patrícia Rodeia, Rebeca e Álvaro Ramos, estávamos prontos para dar inicio ao SETANIMA, o 1º Festival de Cinema Infantil de Setúbal. No auditório estavam presentes os trabalhos das famílias que participaram no concurso "O meu Herói do Cinema", uma exposição com variadas cassetes de vídeo e livros dedicados aos heróis do cinema e ainda uma exposição sobre os grandes heróis do cinema infantil. As crianças chegavam logo pela manhã e ao inicio da tarde para as sessões Infantil e Juvenil e todas elas saiam de lá muito satisfeitas. Tivemos de tudo um pouco. Crianças sorridentes, falhas técnicas, atrasos de autocarros, professoras que me davam os parabéns, outras que apontavam o dedo a falhas que para mim apesar de existirem eram mínimas. Num mundo, onde se fala demais e se age pouco, saio deste projecto com o sentimento de dever completamente cumprido. Dei o que tinha e o que não tinha por este projecto, e sobretudo por todas as crianças da minha instituição de formação em contexto de trabalho e também de Setúbal. Não é por ser um projecto da minha autoria, mas penso que tem pernas para andar no futuro, até porque o vivi na pele. Sei o que vale e vi como as crianças saiam felizes por terem participado num evento dedicado completamente a elas. As sessões da noite, foram uma experiência que tinha de ser feita. Até que ponto, resultaria cinema infantil à noite? A resposta foi clara...se funcionar será sempre ao fim de semana, porque nos outros dias à muito cansaço por parte de uma criança que passa o dia inteiro a brincar no infantário e ate por parte dos pais. Não me arrependo de nada e faria tudo outra vez, apesar de alguns entraves e dificuldades que foram aparecendo. É certo que ninguém disse que seria fácil ou que teria apoio na certa, mas houveram pessoas e entidades que se poderiam ter envolvido mais e apoiado muito mais. Agradeço aos professores que me apoiaram neste projecto, ao Hugo Tavares e Pedro Jackes do Gabinete da Juventude que tanto apoio me deram, ao nível de todas as actividades desenvolvidas no âmbito deste projecto, incluindo a palestra escolar com o professor "António Costa Valente da Universidade de Aveiro e Director do Cine Clube de Avanca, palestra esta que antecedeu o SETANIMA e que foi sem duvida a melhor forma de dar as Boas Vindas a esta iniciativa. Agradeço ao meu Pai, porque as pessoas próximas não podem e jamais deverão ser esquecidas, bem como aos amigos Álvaro Ramos e Arnaldo Martins. Agradeço como não poderia deixar de ser ao meu Orientador de estágio Davide Inácio por todo o apoio, amizade e colaboração neste projecto. Sem ele, também não tinha sido possível, sendo que foi uma peça fundamental até no factor motivação pois senti-me sempre bastante apoiado neste projecto, chegando mesmo a trabalharmos juntos em dia de estágio na execução de algumas tarefas. Agradeço ainda ao professor Emílio que apoiou no prémio vencedor do concurso "O meu heroi do cinema", às empresas Multiser e Vendalcaide que comparticiparam com uma verba para disponibilização de TShirts, ao Teatro Fonte Nova e ao senhor Zé Maria que disponibilizou o pano de projecção, ou a nossa tela de cinema como preferirem, ao CINANIMA que nos forneceu programação do SETANIMA, ao Pedro Soares da Experimentaculo que nos apoiou desde o inicio dando contactos importantíssimos, à Senhora Fátima, ao senhor Nelson e ao restaurante "O Quintal" que foram impecáveis na disponibilização do serviço de alimentação, ao professor António Costa Valente que foi espectacular ao deslocar-se de Aveiro para nos proprocionar uma palestra muito boa sobre a animação infantil, comprometendo-se a dar o seu apoio num futuro SETANIMA2 e ainda ao IPJ que ajudou a estampar os desenhos em Tshirts. Voltaremos para o ano? Já não depende só de mim. Relembro a todos que este foi um projecto escolar que desenvolvi enquanto aluno. Para o ano, teria de ser efectuado com algumas melhorias e noutros moldes, num contexto ainda mais profissional, com mais divulgação, mais apoios. Eu adorei a experiência e sei o que fiz. Investi tempo, trabalho, suor e mais trabalho. Mas no final valeu a pena. Por mim e por todas as crianças. Obrigado.
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