sábado, 31 de outubro de 2009

Toma lá a “Playboy” !


Esta semana em Português, realizámos um exercício onde a publicidade fazia alusão a diversas partes íntimas do corpo humano. Comecei a pensar se poderia associar esta matéria à Infância. Depois durante o estágio um menino disse-me que já tinha namorada. Comecei então a pensar que existe uma idade onde as crianças sentem a necessidade e curiosidade em explorar o mundo adulto. Fiz uma pequena pesquisa e encontrei o seguinte:

"Por volta dos 11 anos, os jovenzinhos (pré-adolescentes) começam a sentir curiosidade por revistas dirigidas ao público adulto. Perante esse facto, muitos pais facilitam-lhes o acesso, sentindo até algum orgulho e alegria. Consideram que é coisa “de homem”, de “macho”, portanto há que proporcioná-lo. Esses pais têm também, na ponta da língua, o que julgam uma excelente justificativa: dizem, com a maior naturalidade, que caso não lhes comprem ou mostrem a revista, eles a irão ver de qualquer maneira, na escola ou na casa de amigos.

Claro que é provável que isso venha a acontecer. Mas, para a criança ou para o adolescente, é muito diferente ver uma revista desse tipo (para maiores de 18 anos), à socapa dos pais, do que receber autorização expressa da parte destes. A nível psicológico a distinção é brutal. Trata-se de uma forma de testar os limites, de ir para além daquilo que lhe é permitido e colocar um pezinho no mundo adulto, sem ser descoberto. Obviamente tem outro valor … e outro sabor!

No entanto, o certo é que actualmente os pais deixam as revistas á mercê dos filhos menores, ou então compram e oferecem-nas, do mesmo modo que deixam que visione canais televisivos com conteúdos impróprios. Mas por que agem assim?
Os motivos são variados, mas podemos ressaltar dois, pelo menos. O primeiro é que proibir os filhos, de fazer ou ter qualquer coisa, é hoje uma tarefa difícil para os pais.
Para além disso, remar contra a maré, ou seja, agir de modo diferente da maioria dos outros pais é considerado tarefa ingrata. Os pais dos outros deixam-nos sair até às 4 da manhã, ver filmes para maiores de 18 anos, fumar, estar na Internet sem supervisão … portanto há que alinhar pelas mesmas regras, senão a criança/jovem corre o risco de se sentir diferente, ou de sofrer com um determinado trauma. Puro engano!


Cabe aos pais a tarefa de educarem os filhos que trouxeram a este mundo, com os princípios, os valores, a moral e as virtudes que eles próprios valorizam.

Essas revistas são dirigidas aos adultos por vários motivos. A criança e/ou o adolescente pode não saber ainda lidar com as imagens e estímulos que elas apresentam. Além disso, os pais devem agir de modo coerente com a educação que pretendem dar aos filhos. Ao comprar uma revista dirigida a maiores de 18 anos para crianças ou jovens, estão a transmitir-lhes e mensagem de que as normas sociais podem ser facilmente descartadas, de acordo com razões de interesse pessoal. E essa lição vai ser entendida e generalizada pelos mais pequenos.

O filho vai ter acesso à revista, de qualquer maneira? Pode ser que sim. Mas terá, também a referência segura do que pensam os pais sobre acerca dessa questão e, na verdade, isso é o que mais tem valor."

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