sábado, 16 de janeiro de 2010

13º Dia de Estágio - 15/01/10


Chegou mais um dia de estágio. Mais um dia onde o frio se fez sentir. Mais um dia onde a aprendizagem se fez notar sob as mais diversas formas. Cheguei um pouco depois das nove horas, mas ainda a tempo de apanhar as minhas tartarugas no átrio. Assim que cheguei entrámos então para a sala, e rapidamente começaram a brincar com os cestos como é habitual. Comuniquei ao educador que tinha então uma actividade planeada, como ele tinha solicitado na semana anterior, pelo que até me disse que dava mesmo muito jeito devido a uma reunião que tinha marcada. Assim a actividade era preponderante para o decorrer do dia. Perto das dez horas, comecei a prepara a variante do jogo "Ar, Terra e Água". O objectivo deste jogo é desenvolver as capacidades coordenativas das crianças como a reacção, o tempo e o espaço, sendo que o seu desenrolar é baseado no lançamento de uma bola entre colegas, ao que o passador escolhe um ambiente e o receptor tem de dizer prontamente um animal que viva nesse habitat. A variação que impus ao jogo, foi devido ao jogo original ser indicado para crianças de cinco anos. Como apenas duas crianças da minha sala tinha cinco anos, sendo que a maioria eram de quatro, resolvi mostrar as imagens dos animais para que pudessem adivinhar qual era. O jogo correu muito bem e serviu para aprender diversos pontos essenciais. Percebi que um ano de idade faz muita diferença, já que as crianças de três anos distraiam-se e por vezes era dificil fazer com que voltassem ao jogo, as de quatro apesar de se distraírem voltavam rapidamente quando chamadas á atenção e as de cinco anos estavam sempre muito concentradas. Surpreendi-me quando o pequeno Gabriel acertou num dos desenhos mais difíceis, um mosquito e ainda quando o jovem Diamantino levou a melhor sobre a pequena Lara, ao responder mais rapidamente "águia" quando confrontados com o desenho deste animal. Isto fez com que fosse o pequeno Diamantino de três anos a vencer o jogo. Foi surpreendente porque foi mais rápido que Lara de cinco. Revelou uma grande inteligência para o jogo, como de resto o educador já tinha notado. Jogámos com duas bolas distintas no seu tamanho, sendo que as duas eram feitas de esponja. Mas foi também visível que a bola pequena era muito difícil de apanhar e arremessar. A bola maior também não era fácil mas tornou o jogo mais vivo e com menos tempo de paragem. As crianças escolhiam muitas das vezes o amigo mais próximo para arremessar a bola. Isto levou-me a ter a ideia de criar um sistema de eliminação baseado em três regras. Ninguem poderia arremessar mal a bola, responder em vez de um amigo ou falhar na imagem mostrada. As crianças gostaram do jogo e eu gostei de o realizar. Talvez com um espaço maior e menos distracção, o jogo tivesse corrido ainda melhor, mas foi também perceptível pela minha parte a dificuldade que é organizar um grupo de crianças quando é preciso orientá-las. No final, todos pintaram os desenhos dos animais que levei. Acabada a actividade, era hora de almoço. Foram à casa de banho fazer a higiene e depois sentaram-se todos à mesa. Esta semana o pequeno Rafael a pouco e pouco lá ia comendo. O almoço correu assim com menos agitação. Eu ia ajudando sempre que necessário na hora de almoço e muito rapidamente chegava a hora da sesta. Fui um pouco ao exterior e quando regressei, muitas crianças estavam acordadas e algumas até muito agitadas. As crianças do Pré escolar, faziam actividades com vista à entrada no 1º ciclo já que tinham de contar e copiar o número dois. Tanto aqui , como no caso do pequeno Rafael é visível a preocupação do infantário em fazer de tudo para o bem estar e de acordo com as necessidades de cada criança, estando sempre em contacto com a família, no caso do Rafael, desenvolvendo as melhores estratégias para o seu bem estar ou então preparando as crianças com novos ensinamentos para novas etapas. Por volta das três horas, todos seguiram o ritual da tarde. Levantavam-se, calçavam sapatos, viravam colchões, dobravam lençóis e arrumavam na mala. Tudo com a nossa ajuda, claro está! Feito isto, era hora de lanchar. O lanche também passou rápido. Enquanto o pequeno Rafael acabava de comer, nós íamos limpando a sala e as tartarugas esperavam no tapete. Sala arrumada, era altura de brincar. O tempo não estava próprio para consumo, logo fizemos o jogo das cadeiras. Foi muito divertido e engraçado. Todos pulavam e dançavam ao som do avô cantigas e do seu fantasminha brincalhão. Logo a seguir algumas crianças foram montar legos enquanto eu experimentava mais uma actividade. O jogo das famílias ( uma variante do jogo da memória) onde o objectivo era achar as cartas correspondentes a cada família. À medida que o tempo foi passando e número de crianças na sala foi diminuindo, todos arrumaram e dirigiram-se para o átrio de modo a ver um dvd musical. Entretanto chegava a minha hora. Ainda fiquei mais um pouco, porque é sempre bom e aprendemos sempre mais. Mas passado um bocado, fui mesmo embora, despedindo-me de todos com a promessa de voltar na próxima semana.

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