segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

15º dia de estágio - 29/01/10

Chegou mais um dia de estágio. O 15º Dia de formação em contexto de trabalho. Quando cheguei à gotinha de água, as tartarugas já se encontravam no interior da sala a fazerem puzzles. Exactamente. Puzzles. E seria esta a actividade do dia, visto que grande parte da manhã foi ocupada na resolução destes jogos e de outros quebra cabeças, dando também tempo ao educador de dar continuidade aos preparativos para o dia em que festejarão o carnaval. Dia 12, uma Sexta Feira portanto, as minhas tartarugas irão passer à baixa da cidade vestidos a rigor. O dia teve muito de corte e costura, pois uma das tarefas foi a realização de saias de carochinhas. Enquanto o educador fazia diversos contactos, necessários para o dia do desfile, as crianças entretiam-se então a jogar puzzles. Seria fácil dizer que a manhã foi basicamente isto. Mas um puzzles não é um simples jogo. Tem muito para ensinar às crianças, e ao mesmo tempo que as diverte, também as ensina. E nós também aprendemos sempre muita coisa, pois segundo a pequena Daniela, a princesa que supostamente terá ficado em casa de sete anões, chama-se "Boneca de Neve".

Os puzzles constituem um dos brinquedos favoritos de aprendizagem das crianças, pais e educadores. Ao brincarem com puzzles e quebra cabeças as crianças melhoram a sua experiência educacional tanto em casa como na escola, desenvolvendo algumas capacidades tais como:

Capacidades cognitivas – Ajudam as crianças a desenvolver e a melhorar o raciocínio. Ensina a criança a perceber a relação “ do todo com a parte” e aumenta a percepção visual e espacial. Dependendo dos temas dos puzzles, estes também podem ensinar-lhes uma grande variedade de tópicos como o alfabeto, os números, as cores, reconhecimento de formas, e ainda noções de categorias como transportes, animais de estimação, etc.

Perícia – São também uma forma divertida de melhorar a perícia e as capacidades motoras das crianças. Estas capacidades serão muito importantes quando a criança começar a escrever, desenvolvendo este processo muito antes de saberem segurar num lápis. O acto de pegar e agarrar nas peças de um puzzle, colocando-as nos sítios certos, irá ajudá-las no desenvolvimento destas capacidades motoras.

Coordenação Óculo - Motora – O facto de a criança manipular as peças vendo se encaixam ajuda a reforçar os seus processos de coordenação óculo – motora.

O meu papel – O meu papel no desenrolar desta actividade, passava por ajudar as crianças na montagem dos puzzles e dar às crianças puzzles que se adequassem à dua idade, visto que a sala é héterogenia. Assim, havia puzzles para todas as idades, desde os 3 aos 5 anos.

Assim se chegava a hora de ir ao exterior brincar. O frio que se vazia sentir, fez com que as tartarugas fossem brincar para o pátio inferior, onde o sol incidia com maior força. Durante este tempo destaque para duas situações. A pequena Daniela, recusou-se a dar a mão a uma amiga na hora de fazer o comboio. De facto, não sei bem porquê e é coisa que nem quis "saber", pois todos os amigos são iguais dentro do infantário. É visivel que por vezes as crianças são bastante selectivas, uma situação que não é muito correcta, visto que todos devem ser amigos dentro da sala. Disse-lhe apenas que se não desse a mão à amiga, não iria ao exterior brincar. Acabou por dar, e foi brincar. Já no exterior foi a vez do pequeno Ruben ficar de castigo, pois bateu numa amiga. Errado! Não fez comboio no regresso ao interior e foi comigo para cima. Na fila para a casa de banho foi um dos ultimos juntamente com o jovem Leandro, que estava eléctrico demais. Depois de fazerem a higiene e necessidades, foi hora de um almoço, onde muitas crianças tiraram o dia para ser armarem em preguiçosas, pois normalmente comem bastante rápido. Até chegar a minha hora de almoço, ia ajudando sempre que necessário na recolha dos pratos e na distribbição da sobremesa. Fico sempre no infantário, até irem terminando os almoços, contudo neste dia tive mesmo de fazer uso da minha hora de almoço e fui um pouco mais cedo. Assim que voltei, muitas crianças estavam acordadas, enquanto os meninos de pré escolar continuavam a trabalhar os números. Para fazê-los dormir, é por vezes uma carga de trabalhos. Destaque para o pequeno Ruben, que parecia uma bailarina, quando o Educador lhe tirou as calças para fazer enchimento no colchão, já que o reguila arrancou a esponja do mesmo. Por volta das 15:00, o tal ritual. Levantar, calçar sapatos, tira lençois, arrumar na mochila e ir à casa de banho. Seguiu-se o Lanche. À medida que acabavam iam sentando-se no átrio. Eu e a auxiliar de sala, limpáva-mos tudo, enquanto a auxilar de outra sala já tinha levado as crianças para o exterior. Mas foi por pouco tempo. O frio fez-se novamente sentir e passada meia hora, já estavam de novo no interior a brincar com legos. Enquanto brincavam, eu ajudava a alinhavar as saias da carochinha, ao mesmo tempo que tentava dar um "Olhinho" ao que as crianças estavam a fazer. Os pais iam chegando. As crianças iam saindo. E chegavam mais pais. E chegava a minha hora. Assim que acabei o trabalho, despedi-me de todos, com a promessa de voltar para a próxima semana.

2 comentários:

Fátima Campos disse...

Fábio

O seu blogue é um documento. reflecte todo o trabalho desenvolvido e todas as vivências deste curso... mais uma vez, muitos parabéns, pela forma como vê e como transmite a sua interpretação da realidade... todas as semanas aprendo um pouco com o seu blogue...

Parabéns

Fátima Campos

tania disse...

epa pareçe tar fix mas ja sabes que nao vou ler nada dessas cenas pois cansa a vista ....
looool continua assim que vais etr granda blog