sábado, 31 de janeiro de 2009

Olha o trabalho

Cá estou eu para oferecer aos leitores do Blog a hipótese de verem alguns dos ultimos trabalhos realizados. Brevemente irei postar todos online, através dos arquivadores de documentos, mas até lá fiquem com estes trabalhos.


Deixo-vos com a minha opinião sobre a práctica da Eutanásia. É a minha opinião. Foi redigida na aula de Área de Integração no âmbito do debate realizado em aula sobre a práctica da Eutanásia.

Em meu entender concordo e sou a favor da prática da eutanásia como sendo um acto de plena consciência por parte das pessoas envolvidas.
Como é do conhecimento geral a eutanásia é o acto de matar intencionalmente uma pessoa, invocando principalmente o sentimento de compaixão e o direito de escolha entre viver ou morrer por parte de uma pessoa que se encontre em sofrimento, escolhendo através da eutanásia pôr término à sua vida.
Assim sendo gostaria de apresentar as razões que justificam a minha opinião. Em primeiro lugar penso que é preciso cada um de nós ter uma ideia do que é a vida. A vida tem um significado bastante relativo, devido à quantidade de definições que se pode apresentar. Na minha opinião, viver, não significa só respirar e sentir o bater do coração. Estes aspectos são importantes, mas são apenas de ordem biológica. Viver é sentirmo-nos bem conosco próprios, agindo de acordo com aquilo que achamos certo e justo para cada um de nós. São os chamados valores de ética. Quando ficamos impossibilitados de viver a nossa vida eticamente, penso que esta poderá começar a ficar sem o sentido que cada um de nós quer dar.
A título de exemplo imaginem um desportista que de um momento para o outro fica tetraplégico, tornando-o assim incapaz de continuar a fazer o que gosta e aquilo por que lutou. Em segundo lugar ninguém tem o direito de obrigar ninguém a viver se essa não for a sua vontade. Se um paciente pedir para morrer em plena consciência, não deve ser forçado a viver só porque os avanços da medicina assim o permitem, prolongando o seu sofrimento. Em terceiro lugar, se pensarmos bem qualquer pessoa pode cometer um suicídio. Este acto está ao alcance de qualquer um de nós. É um facto. O que está é a ideia de que quando se comete um suicídio, muitas pessoas não está em plena posse das suas faculdades mentais enquanto que em relação à Eutanásia, o paciente tem a plena consciência do que quer fazer. É óbvio que existem excepções à regra, mas por norma o paciente sabe o que quer. Na Holanda e na América este acto é já legalizado, não fazendo de ninguém um criminoso por lei. Noutros países a pratica desta actividade é proibida dificultando assim a pratica deste acto.
A Eutanásia levanta realmente muita discussão, principalmente pelo aspecto da dignidade. Muitos dos pacientes invocam a dignidade com a vista a concederem o seu pedido de morte. Mas penso que não estará em causa a dignidade, mas sim a vontade de viver consoante a ideia que cada um tem da própria vida. Acho que a dignidade é apenas um apelo para que esta pratica possa ocorrer, onde não é legalizada. Para referir apenas um caso e tendo em conta aquele que já foi visualizado em aula, podemos analisar com atenção o caso de Ramon Sampedro. Ramon era tetraplégico e invocava a dignidade com vista à prática da Eutanásia. Mas na minha opinião acho que não estava presente a dignidade ao morrer, mas sim a dignidade ao viver, visto que ele pensava que a forma como vivia, dependo dos outros não era uma forma digna de vida. Assim sendo porque não conceder o pedido de uma pessoa que está plenamente consciente do que quer? Não considero a eutanásia uma forma de matar. Considero a Eutanásia uma forma de ajudar alguém.
Em ultima análise, reafirmo a minha posição. Estou de acordo com a Eutanásia pelo facto de todos nós termos um direito de escolha. Esse sim é o direito que temos. Não temos o direito à morte. Temos o direito de escolher se queremos, ou não viver.

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