Televisão sim! Muita é que não!
Com o chegar das férias as crianças têm tendência a ver ainda mais televisão. Para os pais, às vezes esta também se torna a solução mais fácil visto que o tempo não abunda e com a criança sem escola, o cuidado a ter com esta é a dobrar. Mas existem alternativas! Vejam este artigo da Sapo Familia e tirem as vossas conclusões.
Alternativas à televisão?
A televisão faz as delícias dos mais novos. Com três anos de idade, os mais pequenos já viram muitas horas de TV por dia. O problema surge quando a visualização é excessiva e influencia alguns comportamentos mais agressivos.
Para os pais, muitas vezes, é mais fácil colocar o filho a ver um DVD, o Canal Panda ou outro tipo de programas animados, para que se distraiam por algumas horas. Ninguém duvida dos benefícios dos programas de televisão, quando são educativos e de grande qualidade.
As crianças desta idade podem, de facto, aprender muito com a televisão. O problema coloca-se quando não há uma selecção criteriosa e quando os pais não supervisionam aquilo a que as crianças estão expostas. Há que evitar o uso da televisão como substituto da presença de alguém que cuide da criança.
Tempo limitado
As crianças com três anos de idade devem ver, no máximo, uma a duas horas de televisão por dia. Antes desta idade, deve evitar-se a visualização televisiva. Os pais, enquanto modelos a seguir pelos filhos, devem escolher e supervisionar os programas que estas crianças vêem, até porque os comandos são facilmente acessíveis e os canais podem ser mudados pelas mesmas com uma rapidez assustadora.
Se ensinarem aos filhos a capacidade de seleccionar aquilo que realmente vale a pena ou se se habituarem a ver os programas, discutindo-os com os mais pequenos, estão a ajudá-los a fazer boas escolhas. Um estudo publicado em Julho de 2005 pelo Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine concluiu que os pais devem ter muito cuidado ao expor crianças em idade pré-escolar à TV.
Os pais podem deixar tal decisão para mais tarde, quando as crianças crescerem e tiverem noção daquilo que realmente vale a pena ver e conseguirem distinguir a agressividade da qualidade. O mesmo estudo recomenda que os pais evitem colocar a TV no quarto das crianças. A televisão é uma grande companhia para crianças e adultos. No entanto, as primeiras são menos selectivas, não têm critérios estipulados e deixam-se influenciar mais rapidamente.
Alternativas à TV
Já aqui falámos do facilitismo a que a TV conduz. A “caixinha que tem mudado o mundo” é mais apelativa que outros hobbies e é muito acessível a todos. A maioria dos portugueses tem mais do que uma televisão em casa, o que só vem ajudar à excessividade tão vezes falada e criticada. Cabe aos pais escolherem hobbies para os seus filhos. Que tal substituir a TV pelo cinema ou pelo teatro? Existem filmes infantis e peças de teatro muito originais que servem para animar os mais pequenos e que lhes mostrarão uma realidade menos conhecida.
Se optar por não sair de casa, conte uma história ao seu filho. Escolha um livro colorido, com animações, bonecos coloridos, animais e músicas. Quando o tempo estiver convidativo, leve-o a praticar exercício físico. Um jogo de futebol, uma caminhada pela praia, uma corrida, entre muitas outras actividades podem ajudá-lo a esquecer a TV por momentos. Além disso, estará a contribuir para a diminuição do risco de obesidade pois quanto mais sedentário for o seu filho, maior probabilidade tem em ganhar peso.
Em simultâneo, estará também a praticar exercício físico e a cuidar da sua saúde. Estas actividades partilhadas com os filhos tornam-se momentos especiais, de bem-estar e com uma grande componente lúdica. Tente saber quais são os seus gostos favoritos e inscreva-o(a) num clube de futebol, na natação, no judo, no ballet ou noutra actividade que o(a) satisfaça.
Conselhos aos pais para limitar o tempo de visualização de TV pelos filhos
- Coloque brinquedos e jogos educativos no local onde a criança se encontre, afastando-a da televisão.
- Desligue a televisão na hora da refeição de forma a privilegiar os momentos em família como “sagrados”.
- Seleccione os programas que o seu filho deve ver. De preferência, guarde tempo para desenvolverem esta actividade em conjunto.
- Fale com outros pais e educadores para saber a sua opinião acerca dos programas mais interessantes do ponto de vista da qualidade.
- Evite que o seu filho veja muita publicidade. Esta pode ser enganosa, fomentar comportamentos de risco e influenciar a criança a pedir determinado produto pois, com esta idade, ainda não compreende que a intenção dos anúncios publicitários é a venda daquilo que anunciam.
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