sábado, 21 de novembro de 2009

7º dia de Estágio - 20/11/09


Depois de uma semana de ausência devido ao caso de Gripe A que afectou a turma, voltámos ao estágio. Um dia completamente diferente na rotina de toda a instituição. Cheguei à hora do costume, 9:00, e todas as crianças esperavam pelos educadores no átrio como é costume. À medida que os mesmos iam chegando, iam entrando para as respectivas salas. As tartarugas foram as ultimas a entrar visto que tivemos de esperar pela chegada de mais crianças, porque ainda só la estavam quatro. À medida que iam chegando começamos a entrar para a sala. Mesmo assim, o número de crianças foi bastante reduzido. Tínhamos apenas 11 crianças, sendo que o numero total era 19, Muitas crianças estavam doentes sendo que os pais acharam melhor não ir ao infantário. Assim os 11 amigos que estavam presentes começaram a brincar com os cestos. A manhã foi essencialmente de brincadeiras livres visto que tudo estava programada para rumarmos ao teatro por volta das 14 horas e qualquer actividade poderia atrasar a programação. Eu brinquei com todas as crianças, montei legos, fiz jogos e tentava distraí-las o máximo possível. Durante esta altura, uma criança estava a brincar com um comboio e em vez de ouvir o habitual “Pouca Terra” comecei a ouvir um “Pu…Terra”. Como me deu a ideia de um palavrão chamei-o ao pé de mim. Disse-lhe para não voltar a dizer o que tinha dito e para dizer como era na verdade. Mas a criança pronunciava mal o “Pouca Terra” e saia mesmo a tal asneira. Não cheguei a falar com o educador ou auxiliar sobre a situação, porque não se encontrava presente. Mas gostaria de esclarecê-la só para ver se a criança me tentou passar a perna ou se realmente tem dificuldade em pronunciar a palavra. Para a semana vou ter esta situação em consideração. Por volta das 11:15 formei um comboio e levei-as um pouco ao exterior. Não houve muito tempo para brincar, sendo que rapidamente a auxiliar deu o sinal para os reunir de novo. Assim o fiz, chamando pelas "Tartarugas" Correram em direcção à porta, pois estava na altura da higiene e do almoço. Coordenei a higiene e as necessidades, com destaque para uma criança que fez as necessidades e queria ir embora sem lavar as "mãozinhas". Expliquei-lhe com toda a atenção e cuidado que não era assim e ela rapidamente lavou as "mãozinhas". A hora de almoço correu dentro da normalidade. Todos ajudámos. Ajudei sempre que necessário e chamei muitas vezes a atenção de um menino que conversava mais e brincava mais do que comia. à medida que iam acabando de almoçar reuniam-se junto de todas as outras crianças de outras salas, para ver Branca de Neve e os Sete Anões, enquanto esperavam a hora do teatro. Quem se portava mal, levava sempre com o reparo de "Vê lá se queres cá ficar!" ou "Já não vais ao Teatro". À medida que se aproximava a hora, as crianças vestiam os casacos e ainda foram brincar um pouco lá fora, de modo a ficarem menos agitadas pela pequena excursão que iríamos fazer. Lá fora, eu ia perguntando às crianças se não queriam ir à casa de banho visto que depois não poderiam fazê-lo. Umas diziam que sim, outras afirmavam que não. Assim que os Educadores deram sinal, as crianças juntaram-se todas e iam organizando comboios dois a dois. Chamaram a atenção para que ninguém se separasse do seu par. Eu iria estar encarregue de um dos carrinhos de bebés que transportavam crianças com necessidades especiais. Dois dos educadores vestiram coletes reflectores e armaram-se com raquetes de sinalização para a viagem, sempre tendo em conta as normas de protecção numa visita deste género. Começamos então a excursão até ao "Teatro de Bolso", e sempre que um grupo se distanciava mais, o pelotão da frente esperava para que fossemos todos em grupo. Chegado ao Teatro tive uma grande surpresa, pois a peça era realizada pelo CAJ(Centro de animação Jovem) da APPACDM de Setúbal. Assim cumprimentei a senhora responsável pela organização, visto que já a conhecia e tive a oportunidade de ver bastantes amigos. O interior do teatro era composto por bancadas mas que fiquei na parte de baixo bem como outras educadoras que estavam com os carrinhos dos bebés. Aqui surgiu um problema de maior, visto que o menino que estava no meu carrinho estava bastante agitado e soltou-se, mas fui prontamente ajudado por uma das educadoras. Como estava muito agitado, a educadora disse-me que seria melhor tirá-lo do carrinho. A peça que iria começar chamava-se "Tic Tac , o Autómato com um parafuso a menos". As crianças adoraram porque envolvia palhaços, risos e muita animação. Assim que a peça acabou o infantário Gotinha de Água agradeceu o convite deixando aberta a possibilidade de parcerias em conjunto e regressou para cima de duas formas distintas. Todos foram para cima a pé, excepto a "minha" sala das tartarugas e os carrinhos de bebés visto que torna-se muito mais difícil fazer as subidas e manter o comboio controlado. Assim fomos de autocarro. Todas as crianças entraram pela parte de trás, enquanto o educador me passava as crianças dos carrinhos de bebés pela parte da frente, para as sentar nas cadeiras especiais e colocar os cintos de segurança. Chegados ao infantário estava na hora de ir lanchar. Distribuímos o lanche por todos e à medida que iam acabando iam à casa de banho e sentavam-se no átrio à espera de ir para o exterior. Destaco uma situação durante o lanche. A forma como a auxiliar lidou com uma criança na hora do lanche e a sua ansiedade em se ir embora visto que a avó já estava presente para o levar. A criança chorava a dizer que não queria ficar no infantário e a auxiliar lidava de uma forma muito boa ensinando á criança que nunca ninguém lá tinha ficado, pelo que ele só iria ser o primeiro se não comesse tudo, visto que este já não estava a querer lanchar. Pedi a uma Educadora que levasse o "meu" grupo para o exterior visto que tinha de ir buscar uma menina que demora sempre tempo na casa de banho. Estava distraída com alguns colegas de outras salas, por isso mandei-a apressar-se para ir brincar com os amigos. Reparei que fez as suas necessidades e que não queria lavar as mãos porque disse que já as tinha lavado primeiro. Ensinei-a com calma que mesmo que já tivesse lavado, sempre que se faz as necessidades, tem de se lavar as mãos a seguir. Entretanto a educadora que me tinha ajudado no teatro a acalmar a criança com necessidades especiais entra também na casa de banho e falámos um pouco, sendo que eu disse que não estava a ser fácil porque ele estrebuchava muito e não queria estar no carrinho. A educadora concordou e disse que foi por isso que até o tiraram de lá, para que estivesse mais calmo. Saí então da casa de banho com a menina e vesti-lhe o casaco para que pudesse então ir brincar para o exterior. Lá fora aconteceram duas situações de destaque. Primeiro ri-me bastante com uma criança que pedira à educadora para ir fazer "Coco". O menino vai e quando regressa, fica com cara de caso. A educadora que já o conhecia chama-o e perguntou se tinha limpo o rabinho ao que a criança responde que se tinha esquecido. Foi uma situação muito engraçada. Outro momento foi quando a menina a quem eu tinha ensinado o procedimento à pouco na casa de banho, me pediu para la ir outra vez. Quando regressou disse que tinha lavado as "mãozinhas" e até me as deu para cheirar. Fiquei contente por ter conseguido passar a mensagem. O Dia continuou por entre jogos e brincadeiras como a "Falua" ou a "Mensagem", até chegar a altura de me ir embora, com o sentimento de que mais uma vez dei o meu melhor tendo em conta a mensagem da minha professora de TPIE. O estágio é uma longa caminhada e estes primeiros dias são apenas o inicio. Até à próxima semana.

0 comentários: