quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Febre - Saúde Infantil

Em Saúde Infantil continuamos a falar de Patologias e da Susceptibilidade da Criança à Doença. Desta vez focámo-nos em três aspectos fundamentais. A Febre foi um deles. Sabem o que esconde a febre? Como proceder se o bebé apresentar sintomas? Ou se tiver uma convulsão febril? Não. Então não podem perder este exelente artigo.

O que esconde a febre?
É a manifestação clínica que mais motiva os pais a recorrer a consultas de ambulatório ou a urgências pediátricas. A febre pode esconder inúmeras causas e patologias. Há que estar atento, saber interpretar os sinais e acima de tudo, aprender a medir corre

Como de define a febre?
A febre é a manifestação clínica que, isoladamente, motiva maior número de consultas, tanto no ambulatório como na urgência de pediatria. Em alguns estudos, representa 20 a 30% das visitas à urgência pediátrica. A maioria destes episódios de febre ocorre em crianças com menos de três anos de idade. A febre é frequentemente auto-limitada e atribuível a doença viral. Contudo, pode também esconder situações mais graves, como pneumonia, meningite, sepsis, infecção urinária, leucemia, artrite idiopática juvenil, etc.

Quando os bebés são recém-nascidos e até ao primeiro ano de idade, quando é que a febre começa a ser preocupante? A partir de que temperatura é que os pais se devem dirigir ao pediatra?
A febre em qualquer recém-nascido - bebé desde o nascimento até aos 28 dias de vida - deve constituir sempre motivo de preocupação e obriga a que haja uma avaliação clínica e, eventualmente, a realização de exames complementares de diagnóstico. Neste grupo etário há uma probabilidade mais elevada de infecções graves por bactérias (pneumonia, infecção urinária, meningite, sepsis, etc.). Até aos seis meses de idade, a medição da temperatura deve ser feita no rabinho e considera-se febre se o valor for ≥ 38 ºC.

Quais as causas da febre?
A febre pode ter várias causas, designadamente:

- Doenças infecciosas (as infecções virais constituem, de longe, as causas mais frequentes).
- Ansiedade.
- Exercício físico vigoroso.
- Exposição a ambientes quentes (mais importante nos lactentes mais jovens).
- Excesso de roupa (também mais importante nos lactentes mais jovens).
- Vacinações (a vacina "tríplice bacteriana" (DTPa - difteria, tétano, tosse convulsa) poderá provocar febre durante as primeiras 24-48 horas. A vacina "tríplice viral" (VASPR - sarampo, parotidite, rubéola) poderá provocar febre entre o 5º e o 12 º dias, etc.
- Doenças reumatológicas ou neoplásicas, etc.

É verdade que o rompimento dos primeiros dentes pode ser acompanhado de crises de febre?
Como sabe, a idade em que os dentes começam a romper (por volta dos seis meses de idade) coincide com a diminuição fisiológica dos anticorpos que foram transmitidos pela mãe durante os últimos meses de gravidez e portanto com uma diminuição das defesas do lactente. Nesta altura, existe uma maior susceptibilidade a infecções, como sejam as infecções das vias aéreas superiores e gastrointestinais, sendo muitas vezes, as manifestações destas doenças interpretadas erradamente pelos pais como resultado do nascimento dos dentes. Estudos recentes referem que a erupção dentária pode provocar uma febrícula (excepcionalmente, com temperatura rectal acima de 38,8 ºC).

Quando é que podem surgir convulsões febris?
A grande maioria das convulsões são conhecidas como convulsões febris e podem ocorrer em 2-5% das crianças normais como consequência de febre elevada, particularmente na subida térmica. Elas são habitualmente auto-limitadas e não causam qualquer problema a longo prazo.

Uma criança com uma convulsão febril geralmente também tem febre, a maioria das vezes, causada por uma infecção viral ou por uma otite média aguda. As convulsões atingem geralmente todas as extremidades e param sem terapêutica dentro de alguns segundos/minutos. A convulsão febril pode ser a primeira manifestação de doença febril.

Que conselhos pode dar aos pais perante um episódio de febre nos seus filhos?
Perante uma criança com febre, os cuidadores/pais devem controlar a temperatura e manter a vigilância.

Seguidamente faço uma breve explanação sobre o controlo da febre:

- Coloque a criança num lugar calmo e fresco, retire-lhe alguma roupa e não a agasalhe.
- Ofereça-lhe muitos líquidos (frequentemente e em pequena quantidade de cada vez).
- Se necessário, dê-lhe medicamentos para a febre (antipiréticos):

Temperaturas rectais inferiores a 38,6 ºC geralmente não necessitam de medicação, excepto se a criança tem antecedentes de convulsões febris, está muito incomodada na hora de dormir.

Se a criança age normalmente, pode-se esperar até aos 39,0 ºC antes de administrar os antipiréticos.

O paracetamol (Ben-U-Ron e Panasorbe) é o antipirético de eleição em lactentes e em crianças.

Como alternativa, poderá usar o ibuprofeno (Brufen, etc.), mas deve ser usado com precaução devido às possíveis reacções de hipersensibilidade, nomeadamente nas crianças com alergia.

- Os pais também deverão saber que os antipiréticos só baixam 1-2 ºC a temperatura, o que significa que se a febre for muito elevada, o valor pode não voltar ao normal (considera-se resposta adequada uma diminuição da temperatura > 0,8ºC duas horas após o uso de antipirético).
- Se a temperatura da criança é superior a 39,5 ºC e não cede com os anteriores, aplique-lhe compressas de água tépida, que podem ser mudadas a cada 2-3 minutos e durante 30 minutos. Se necessário, repita a aplicação de compressas. Também pode dar-lhe um banho de água tépida. Estas medidas físicas só devem ser realizadas cerca de 30 minutos após a administração do antipirético.
- Respeite o apetite do seu filho, pois durante uma doença febril é normal a perda do mesmo.
- Se a criança vomitar o xarope, saiba que pode ficar alguma quantidade de medicamento no estômago.

Neste caso, a febre pode ceder por acção deste medicamento. Se após 40-60 minutos, a temperatura continuar alta, poderá voltar a dar-se metade da dose, ainda por via oral. Se há vómitos recorrentes, administre o medicamento por via rectal (supositório).

Atenção: A Mãe Ideal chama à atenção para o facto destas recomendações não substituírem uma visita ao pediatra assistente em casos de febres muito altas. São apenas conselhos que não devem preterir uma consulta presencial.

Quando é que os pais devem procurar imediatamente o pediatra?
- Quando o bebé apresentar alterações do comportamento, como alucinações, irritabilidade, sonolência, choro ou choramingar inconsolável.
- Se apresentar febre muito elevada (temperatura rectal maior que 40,5 ºC).
- Se a criança tem um "ar doente", particularmente depois da diminuição da temperatura.
- Se chora quando movida ou tocada.
- Se apresenta rigidez do pescoço, dor de cabeça intensa ou convulsão.
- Se apresenta manchas purpúricas na pele ("pontos de sangue" semelhantes a amoras esmagadas na pele que não desaparecem quando se passa a mão ou se comprime com um vidro).
- Se notar que o bebé tem uma respiração difícil que não melhora após a desobstrução nasal.
- Quando a criança se baba muito e não consegue comer ou beber nada.
- Quando tem dor abdominal intensa.
- Se o bebé demonstra sinais de desidratação, como por exemplo, menos micções, fraldas menos húmidas, ausência de lágrimas, respiração acelerada, irritabilidade ou sonolência e perda acentuada do peso.

Perante as situações anteriormente descritas, se os pais não conseguirem contactar o pediatra assistente de imediato, terão que procurar ajuda perante os serviços de urgência. Contacte a linha Saúde 24 pelo 808 24 24 00 ou procure o serviço de atendimento permanente, uma urgência hospitalar, entre outros.

Os pais devem também contactar/procurar o pediatra assistente dentro de algumas horas se a criança:

- Apresentar febre entre os 3 e os 6 meses (excepto se a febre ocorreu dentro de 48 horas após a vacinação com a DTPa e a criança não tem outras manifestações de gravidade).
- Com menos de três anos apresentar temperatura rectal maior que 39,5 ºC.
- Se tem febre durante mais de 48-72 horas.
- Se sente ardor com a micção.
- Se apresenta vómitos ou diarreia durante mais de 12 horas.

Meça correctamente a temperatura do seu filho
Medir correctamente a temperatura da criança é importante. A temperatura rectal é a mais fidedigna e deverá ser a preferida nos primeiros seis meses de vida.

Como medir a temperatura rectal
- Sacuda o termómetro até este atingir uma temperatura abaixo de 36 ºC.
- Lubrifique-o com vaselina ou água fria.
- Introduza-o com suavidade no recto (± 1 cm). Deite a criança, de barriga para baixo, sobre as suas pernas ou ao seu colo.
- Espere 3 minutos ou até a linha de mercúrio parar de subir.
- Faça a leitura.

Como medir a temperatura auricular
- Ligue o termómetro de ouvido.
- Coloque o auricular.
- Introduza-o com suavidade no ouvido.
- Espere 1 segundo.
- Faça a leitura.

Como medir a temperatura axilar
- Coloque o termómetro na axila.
- Espere 4-6 minutos ou até a linha de mercúrio parar de subir.
- Faça a leitura.

Como medir a temperatura oral (apenas em crianças com mais de 5-6 anos)
- Não dê à criança nada para beber nos últimos 15 minutos.
- Coloque o termómetro por baixo da língua.
- Espere 3 minutos ou até a linha de mercúrio parar de subir.
- Faça a leitura.

Actualmente, os termómetros digitais ou electrónicos podem simplificar e encurtar algumas das fases anteriormente descritas.
Até aos seis meses de idade, a medição da temperatura deve ser feita no rabinho e considera-se febre se o valor for ≥ 38 ºC

A temperatura rectal é a mais fidedigna e deverá ser a preferida nos primeiros seis meses de vida

Perante uma criança com febre, os cuidadores/pais devem controlar a temperatura e manter a vigilância

A febre é a manifestação clínica que, isoladamente, motiva maior número de consultas, tanto no ambulatório como na urgência de pediatria

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1 comentários:

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