segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Expressão Plástica - Daltonismo

Durante a ultima aula de Expressão Plástica a matéria foi muito mais teórica. O Professor Rui ensinou-nos toda a teoria da cor, dando-nos a conhecer o Daltonismo. Sabem o que é? O site da Pequenada encontrado pela minha amiga e parceira Bruna ensina muito bem. Além do mais, explica como identificar associando esta perturbação à criança.

A discromatopsia, mais conhecida como daltonismo, é uma perturbação da visão que afecta a forma como as pessoas vêem e distinguem as cores: desde a troca de cores, à dificuldade de distinção entre as mesmas, passando ainda pela visão acromática. Embora não seja uma doença ou uma condição limitativa, é importante saber o que é o daltonismo e como diagnosticá-lo, para saber viver num mundo menos colorido.

O que é?

O daltonismo foi descoberto em 1794 e estudado intensamente por John Dalton, um físico e químico inglês que era ele próprio daltónico. Por norma, esta é uma condição genética, no entanto, também pode ser o resultado de uma lesão ocular ou de origem neurológica. Geneticamente, esta perturbação está mais associada ao sexo masculino do que ao feminino, sendo que cerca de 8% a 10% dos homens são daltónicos e há apenas uma rapariga daltónica para cada dez rapazes.

Como é que os daltónicos vêem?

Os nossos olhos contêm dois tipos de células – os cones e os bastonetes – que são os responsáveis pela transformação da luz em impulsos eléctricos, o que nos permite identificar as cores. Os cones têm um papel fundamental, não só porque são responsáveis pela visão diurna e pela distinção das diferentes cores; mas principalmente porque existem três tipos de cones que correspondem precisamente às três cores primárias (vermelho, azul, verde) e às suas variações. Quem é daltónico, ou não possui estes cones ou então foram alterados, devido a algum tipo de lesão. Para perceber melhor como é que o daltonismo afecta a percepção das cores, consulte este site.

Como é diagnosticado?

Uma vez que a perturbação da visão é, efectivamente, muito diminuta, a maior parte dos daltónicos nem sequer sabe que o é… por isso mesmo, é importante estar atento aos sinais. No caso das crianças, é fácil perceber se têm dificuldades em aprender e distinguir as cores, basta observar uma actividade tão simples como a de colorir desenhos. O teste mais utilizado para determinar se alguém é ou não daltónico, é o teste de Ishihara – todos nós o conhecemos e é composto por diversos cartões que contêm círculos de vários tamanhos e cores; no centro desses círculos encontram-se números que apenas são identificáveis por alguém que não seja daltónico, ou seja, que tenha uma excelente percepção das cores. Para testar as crianças mais novas, os números são substituídos por desenhos ou figuras geométricas. Para esclarecer, de imediato, qualquer dúvida, o teste de Ishihara está disponível online nos sites Color Vision Testing e Toledo Bend, por exemplo. No entanto, esse diagnóstico virtual não dispensa uma visita ao oftalmologista: se tiver dúvidas, marque uma consulta.

Tipos de daltonismo

Num caso mais sério e bastante raro, a criança vê o seu mundo a preto, branco e cinzento (visão acromática); nos casos mais comuns, os daltónicos vêem todas as cores, apenas não com toda a sua vivacidade; ou então apresentam uma maior dificuldade na percepção das cores que se situam entre o verde e o vermelho da roda das cores, distinguindo na perfeição todas as outras.

Estes são os 3 tipos de daltonismo mais comuns:

Protanomalia: dificuldade em distinguir a cor vermelha.
Deuteranomalia: dificuldade em distinguir as cores que se situam entre o verde e o vermelho; representa mais de metade das pessoas daltónicas.
Tritanomalia: dificuldade em distinguir as cores que se situam entre o azul e o amarelo; este é um dos cenários mais raros, mas que pode ainda ser agravado se o daltónico não conseguir ver o azul (tritanotopia), o vermelho (protanotopia) ou o verde (teranotopia).

Uma vida normal, apesar das limitações

Apesar de não ser uma doença, nem algo à qual a criança terá de se habituar – se não conhece as cores, não sentirá a sua falta – é, no entanto, a sua forma de ver e de estar na vida. Porém, podem surgir algumas dificuldades na escola: imagens, gráficos e tabelas podem ser difíceis de compreender, o uso do computador pode ser complicado quando são utilizadas muitas cores distintas; e mesmo as outras crianças podem aproveitar a situação para “troçar” da criança. Por isso mesmo, é importante que os pais de crianças daltónicas informem o professor no início de cada ano lectivo – mas podem estar sossegados porque em termos de aprendizagem, as crianças daltónicas não são diferentes das outras. Num futuro mais longínquo, há que considerar as limitações profissionais: quem é daltónico não pode, por razões óbvias, seguir carreiras como polícia, bombeiro, piloto, electricista…


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