sábado, 24 de outubro de 2009

4º dia de Estágio - 23/10/09

Esta Sexta Feira teve lugar mais um dia de estágio. Como sempre cheguei perto das 9 horas e as crianças reunidas no átrio à espera dos educadores começaram a gritar o meu nome: Fábio! Fábio! Fábio.entoavam as crianças sobrepondo o meu nome ao filme da Branca de Neve que os entretía até então. Fico contente quando isto acontece porque é sinal de que apesar de só aparecer durante um dia, não se esquecem do rapaz que à sexta feira vai estagiar. A aspecto da sala das tartarugas estava totalmente alterado, pois pareceu-me que tinha sido efectuada limpeza. Comecei então eu a organizar os cantinhos da sala para que as tartarugas pudessem começar a brincar. No final, juntei-me a elas para muitas brincadeiras. É uma parte do dia que gosto bastante. Aproveito para brincar com as crianças e retirar algumas ilações importantes sobre as suas atitudes. Em cima da mesa, estavam alguns desenhos sobre o Outono. Uma criança, que começara o dia praticamente a chorar, tinha sido severamente repreendida pois levara o desenho de um amigo seu para casa, sem qualquer tipo de autorização visto que até estavam inacabados. O resultado foi que ao invés de ir para a casinha das bonecas com os amigos que já tinham terminado, acabou por ir terminar o seu trabalho inacabado. A ele juntaram-se outras crianças que também ainda não tinham acabado de pintar o desenho. Esta foi a actividade do dia. O desenho sobre o Outono era grande e haviam crianças que não sabiam as cores. O Educador e eu íamos ajudado as crianças a pintarem e a escolher entre várias cores de modo a perceberem qual a cor a ser utilizada. Assim que acabámos o desenho o educador pediu-me para os levar ao exterior. Fiz um comboio e todos me seguiram em fila até ao pátio. Correr, brincar, Saltar até ser altura de os chamar. E desta vez até fui eu que os reuni. Enchi o peito de ar e gritei tartarugas. A pouco e pouco todas as tartarugas vinham a correr em direcção à porta de modo a fazerem comboio e irem à casa de banho fazer a higiene habitual. Depois, estava na hora do almoço. Entre distracções e brincadeiras à mesa todas as crianças iam acabando de comer. Aqui já se sabe. levantar os pratos, dar a sobremesa e ajudar o educador no que for preciso. De notar um caso onde uma criança estava a brincar com a colher, e o educador tirou-a, dizendo para comer com as mãos. A criança não comeu, ficando à espera da colher. Situações como esta fazem a criança ter a noção de que aquele objecto especifico, no caso a colher, não é para brincar e tem uma utilidade própria. À medida que iam acabando de almoçar, fui também buscar o meu almoço ao que mais tarde se juntaram a mim o Educador e uma das auxiliares. Entretanto quando acabei, fui sair um pouco no resto da minha hora de almoço. Cheguei às duas e desta vez haviam três crianças que iriam fazer actividades pré escolares. Desta vez o educador deu específicos a cada criança de acordo com as suas capacidades e desenvolvimento. Uma delas por exemplo, recebeu um puzzle com limite espacial, porque ainda não tem bem a noção do espaço, tendo assim muitas mais dificuldades. Nessa altura fiquei eu sozinho na sala, enquanto o educador se ausentou. Ajudava as crianças a montarem os puzzles e tentava que não fizessem muito barulho para os amigos que faziam a sesta não acordarem. Nesta altura aconteceu uma situação muito engraçada. Enquanto as crianças faziam os puzzles comecei a ouvir barulhos vindo das camas. Alguém já estava acordado e a conversar. Não podia ser porque assim acordava os outros. Levantei-me e não via ninguém. Sentei-me e comecei a ouvir outra vez. Levantei-me novamente e não vi ninguém. Mas desta vez não me sentei, fiquei de pé. De repente vejo uma cabeça a levantar-se e a murmurar. Deu-me vontade de rir a situação, mas manti a minha posição e disse para se calarem, porque na hora da sesta era para se dormir. Então, chegou o educador. Estava na hora de acordar, ir à casa de banho e lanchar. Mas antes disso, todos a tirar os lençóis pois era dia de levar para casa. Eu ia ajudando o educador a levantar as camas, dobrar lençóis e dar lanches. A certa altura em que estava a ajudar o educador na limpeza da sala, pediu-me para ir para o exterior com as crianças, pois nesse dia a auxiliar da sala não estava e não havia ninguém da sala das tartarugas a vigiar. É certo que todos dão um olhinho, mas é sempre bom alguém a vigiar cada uma das salas. O tempo foi passando e eu nem me dei conta. Não sei se me distrai com as brincadeiras do Educador e um menino que necessitava de cuidados especiais ou se me esqueci do tempo quando me fui sentar ao pé de um grupo de crianças que se vinham abraçar a mim, dar beijinhos e sentar ao meu colo. Entre risos e brincadeiras, uma criança perguntou-me porque é que eu só vinha à Sexta Feira? Eu respondi que estava na escola dos crescidos e que um dia ela também ia para lá. Respondeu-me que era já este ano porque iria entrar no Pré Escolar. Não há nada como a visão de uma criança. A minha hora tinha chegado. Despedi-me das crianças, do meu orientador e das auxiliares que vigiavam o recreio. Peguei na minha mala e disse até para a semana.

1 comentários:

Anônimo disse...

Hehe fabinho, ja gostam todos de ti xD