Os Estados-membros da União Europeia aprovaram hoje novas normas de segurança sobre artigos de dormir para crianças, que, segundo Bruxelas, são responsáveis por mais mortes que qualquer outro artigo de puericultura.
Entre os produtos abrangidos pelas normas hoje aprovadas em Bruxelas pelo Comité para a Segurança Geral dos Produtos contam-se edredões, sacos de dormir para bebés, colchões de berços e camas suspensas, identificados como os artigos de puericultura de maior risco num estudo realizado pela Comissão Europeia entre 2007 e 2008.
Segundo a base de dados europeia de acidentes, entre 2005 e 2007 registaram-se na União Europeia cerca de 17 mil acidentes em berços com crianças dos 0 aos 4 anos, apontando o executivo comunitário que, «apesar da frequência de acidentes graves e às vezes fatais causados pelos colchões de berço, contornos de berço, camas de bebé suspensas, edredões de criança e sacos de dormir para bebés, não existem actualmente quaisquer normas de segurança da UE para estes produtos».
«As novas normas propostas reduzirão o risco de acidentes, por exemplo, por engasgamento com elementos soltos, apresamento dos lactentes devido a concepção incorrecta do colchão ou acidentes por asfixia com cordões ou laços», indica a Comissão, citada pela Agência Lusa.
Serão igualmente introduzidas outras normas necessárias, como por exemplo requisitos de estabilidade e concepção para reduzir o risco de quedas e ferimentos de camas de bebé suspensas.
Os requisitos de segurança propostos foram agora submetidos a um período de escrutínio de três meses no Parlamento Europeu e no Conselho, sendo depois reenviados ao colégio de comissários para uma decisão formal, antes de serem enviados aos organismos europeus de normalização, o que poderá levar até dois anos.
«A nossa preocupação é que os pais que optam por utilizar estes produtos não tenham de estar apreensivos em relação à sua segurança. As instruções devem ser muito claras, os produtos devem ser verdadeiramente tão seguros quanto possível e devem passar todos os testes de segurança necessários», afirmou hoje a comissária europeia responsável pelas questões dos consumidores, Meglena Kuneva.
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