Esta semana em Psicologia abordámos duas experiências muito interessantes. A primeira foi a de Solomon Asch e tinha como objectivo estudar o conformismo e as suas características. Vejam porque vale bem a pena.
Salomon Asch foi um psicólogo polaco, nascido em 1907 e falecido em 1996, que emigra para os Estados Unidos da América onde se naturaliza norte-americano.
Nesta experiência, 8 sujeitos foram colocados diante de um quadro com varias cartolinas. Cada cartolina continha do lado esquerdo um linha vertical (figura de base) e à direita três linhas verticais de comprimentos diferentes, numeradas de 1 a 3, uma das quais representava a linha de base.
No grupo experimental, apenas um dos sujeitos é o verdadeiro sujeito experimental, e por isso é o sujeito ingénuo, enquanto os restantes 7, são comparsas do experimentador. Cada um dos sujeitos dá a avaliação em voz alta, sendo que os comparsas dão doze respostas erradas em dezoito ensaios experimentais. Estes respondem antes do sujeito. Deste modo, o sujeito ingénuo encontra-se numa posição minoritária e, apesar de não existir qualquer tipo de pressão explícita por parte do grupo, este chega a cometer erros que atingem os 5 cm.
Como resultados, Asch obteve que apenas 30% dos sujeitos experimentais não se conformaram à pressão implícita pelo grupo, ou seja, um terço dos sujeitos mantiveram-se independentes o que leva a colocar a questão de quais são os factores que explicam o conformismo.
O conformismo do sujeito será aumentado se reforçarmos a dependência do indivíduo em relação ao grupo: por exemplo, se o grupo é apresentado como particularmente atraente, o indivíduo deseja integrar-se nele. No entanto, é preciso notar que, quando o sujeito está de novo sozinho, ele volta às estimativas correctas.
Por outro lado, se as respostas do sujeito forem confirmadas pelo experimentador, a sua confiança será reforçada, e numa nova situação experimental ele vai questionar as aptidões do grupo.
Conformismo:
O conformismo define o comportamento de um indivíduo ou de um subgrupo que é determinado pela regra de um grupo.
A pressão à conformidade supõe a existência de uma maioria e de uma minoria. A maioria é ligada a essa regra e toda a interacção social visará a imposição de seus pontos de vista à minoria.
Através de um sistema de sanções ou de valorizações, os indivíduos minoritários são levados a aceitar as regras da maioria. Há uma redução dos desvios e reforço das regras do conjunto maioritário.
As situações de conformismo social são encontradas sempre que o isolamento e a confrontação com novas normas provocam ansiedade. Isolado de seus quadros de referência, o indivíduo acaba adoptando os quadros de referência do novo grupo.
Fonte: http://psicologiaexperimental.blogs.sapo.pt/2388.html
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