sábado, 24 de outubro de 2009

Défice de Atenção e Hiperactividade

Durante esta semana recebemos mais um trabalho para ser efectuado em estágio. O trabalho consistia em analisar uma criança durante um dia em espaços de 15 ou 20 minutos de modo a perceber algumas das suas caracteristicas, acções e atitudes. Dentro desta matéria encontrei um artigo muito bom que pode muito bem corresponder à realidade de algumas crianças. Falo da falta de atenção e de Hiperactividade

""A Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA) é considerada um fenómeno comportamental que tem uma relação íntima com o meio e o contexto em que a criança se move. Nos ambientes onde se espera que a criança preste atenção e que exiba um comportamento calmo e exemplar, os problemas tendem a agravar-se. Assim, a compreensão que os adultos com quem a criança convive diariamente, tiverem da problemática da PHDA determinarão a exibição mais ou menos expressiva dos sintomas de hiperactividade, de impulsividade e de desatenção.

As crianças com comportamentos hiperactivos-impulsivos e com falta de atenção constituem um grupo heterogéneo. O conhecimento da situação particular de cada caso permitirá determinar a melhor forma de tratamento, variando as opções entre a administração fármacos, as técnicas de modificação do comportamento, as técnicas cognitivas e metacognitivas ou uma aproximação multidisciplinar englobando as diferentes vertentes. A adequação dos programas escolares deverá ser uma vertente fundamental nas opções de tratamento, pois é na escola onde se manifestam mais os sintomas que impedem uma aprendizagem normal.

A MEDICAÇÃO

Embora rodeado de controvérsia, o uso de medicamentos continua a receber o apoio de parte da comunidade científica e médica, sobretudo quando usado em conjugação com outras terapias. E pode mesmo revelar-se como essencial, defendem alguns especialistas, sobretudo nos casos de maior gravidade em termos de frequência e intensidade dos comportamentos disruptivos.

Por outro lado, se não for complementada com uma intervenção psicoterapêutica e psicossocial, os benefícios de uma terapia exclusivamente medicalizada poderão ser apenas residuais e bastante limitados no tempo em que o fármaco é administrado.

As substâncias mais utilizadas são psicoestimulantes baseados na Dextroanfetamina e no Metilfenidato. Estas substâncias estimulam os neurotransmissores do cérebro, produzindo um efeito regulador mais eficaz na actividade motora, aumentando a atenção, reduzindo a impulsividade (e, nalgumas crianças, a agressividade) e produzindo uma melhoria substancial naquilo que mais preocupa pais e educadores - o rendimento escolar.

Quando os efeitos secundários, ou qualquer outra razão, desaconselham o uso de estimulantes, é frequente usar os antidepressivos que, para além de diminuírem os sintomas de PHDA e agressividade, podem reduzir os sintomas de depressão e de ansiedade, que por vezes andam associados a este tipo de situações.

TERAPIA PSICOTERAPÊUTICA E PSICOSSOCIAL

A intervenção psicoterapêutica e psicossocial é uma parte também extremamente importante, pois funciona como um complemento à prescrição farmacológica. A intervenção psicoterapêutica mais eficaz na PHDA é a Cognitivo-Comportamental, realizada através de uma intervenção clínica directa com a criança. Esta terapêutica é realizada por profissionais especializados. A intervenção psicossocial engloba: programas para pais, intervenção nas dinâmicas familiares e na relação pais-criança, programas de intervenção na escola e na sala de aula, entre vários outros. A intervenção conjunta destas 3 metodologias de intervenção irá conduzir a uma significativa melhoria dos comportamentos das crianças hiperactivas.

O objectivo de qualquer terapia comportamental consiste em reduzir a frequência de comportamentos inadequados e aumentar a frequência de comportamentos desejados.

No que concerne à família é sabido que a criança com PHDA tem mais facilidade de adaptação em ambientes familiares bem estruturados e baseados em rotinas e regras claras, onde as expectativas dos adultos são consistentes e as consequências são estabelecidas com clareza e aplicadas de imediato.

O trabalho com os pais deve ter por base o treino em estratégias que lhes permitam controlar o comportamento dos filhos e melhorar a sua interacção com os colegas. Para tal devem usar duas estratégias essenciais: apresentar modelos comportamentais adequados, já que a criança aprende muito por imitação, e aplicar reforços positivos aos comportamentos adequados, ignorando tanto quanto possível, os menos adequados.

Alguns programas para o incremento de comportamentos desejáveis são:

Reforço social e material - consiste em aumentar a probabilidade de ocorrência de comportamento através da recompensa (uma atenção, um louvor, um sorriso, um «Bom», um afecto, um rebuçado...). O reforço deve ser individual, seguir imediatamente o comportamento desejado, ser fornecido de forma sistemática, inicialmente, para depois ser gradualmente retirado.

Contratos comportamentais - duas ou mais pessoas estabelecem com o aluno um acordo escrito onde determinam o comportamento desejado e as consequência que advirão da sua ocorrência ou não.

Sistema de créditos ou economia de fichas - Pontos ou fichas concedidos logo após a realização de um comportamento positivo e, mais tarde, trocáveis por determinadas recompensas.

Alguns programas que visam a diminuição de comportamentos indesejáveis são:

Abolição - ignorar os comportamentos desajustados

Custo da resposta - perda de uma recompensa esperada.

Time-out - tempo fora da classe.

Reforço de comportamentos substitutivos

Existem igualmente programas de aplicação em grupos como sejam:

• O comportamento de uma criança leva a que toda a turma seja recompensada.
• Todo o grupo trabalha para um objectivo para conseguir a recompensa

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa pesquisa amigo, também eu ja a tinha lido no site ;P

Anônimo disse...

Ah, e tu que gostas muito do site "pais e filhos", tal como eu.. tens de dar pulinho a este que encontrei. Ta muita bom. Vais gostar, fabinho.

Anônimo disse...

Ah, e tu que gostas muito do site "pais e filhos", tal como eu.. tens de dar pulinho a este que encontrei. Ta muita bom. Vais gostar, fabinho.